Compre já a nova edição do livro MINHO CONNECTION

Mesa-Redonda ACEGE: “Conciliação entre trabalho e vida familiar e pessoal”

Depois da primeira sessão de “Conversas de Gestão“, o Projeto Viana da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores (https://acege.pt/) organizou a primeira edição da “Mesa-Redonda ACEGE”, subordinada ao tema “Conciliação entre trabalho e vida familiar e pessoal“.

Esta matéria, bastante relevante para a generalidade das organizações, e que a quase todos, em algum momento da vida, coloca a questão: “como compatibilizar as exigências profissionais com as tarefas e compromissos pessoais e familiares?”. São conhecidos casos de grande sucesso profissional, mas que coincidem com grandes fracassos familiares e pessoais, e de pessoas que se dedicam plenamente à família, mas cuja ambição profissional acaba por ser relegada. Em suma: queremos um bom emprego, mas lutamos para ter também uma vida familiar, privada e social satisfatórias.

O debate, que contou com a presença do Bispo de Viana do Castelo, Sr. D. João Lavrador, e do Secretário-Geral da Associação, Jorge Líbano Monteiro (JLM), teve como protagonistas o casal Andreia e João Ferreira, pais de um menino e de uma menina (ela médica, ele enfermeiro, ambos com responsabilidades pastorais diocesanas e, recentemente também empresários na área da saúde) e Ariana Viana, especialista em psicologia clínica e da saúde, atualmente a trabalhar na área da violência doméstica. Por motivos de saúde, a iniciativa não pôde ser enriquecida com a visão de uma empresária local, mas JLM fez o favor de suprir essa lacuna.

PUB

Animada pela Maria e pela Ivone, dois dos membros da equipa promotora, a conversa permitiu partilhar a vivência do casal nesta matéria, que mostrou a necessidade de cada um conhecer bem o outro, os pontos em que tem mais potencial e em que mostra mais fragilidades, conhecer bem as ambições e projetos de cada um, e a importância de um estar disponível para respeitar a individualidade do outro e de o ajudar a alcançar o sucesso profissional e pessoal que ambiciona, alocando a cada um, em cada momento, as tarefas mais adequadas. Afirmou procurar aplicar o mesmo critério no que aos filhos se refere, sem prejuízo da qualidade de vida familiar e da intervenção social a que se voluntariou. Reconheceu não ser este processo assim tão fácil, agradeceu publicamente o apoio dos próprios pais e a compreensão dos filhos, mas assumiu já não saber viver de outra maneira.

Ariana, por seu turno, apelando – por vezes – a casos concretos que conhece, sublinhou alguns dos princípios acima, referindo-se, de maneira muito esclarecedora, a certos preconceitos que não facilitam a harmonia entre os membros de uma família, alguns enraizados na cultura e na prática familiar, que impõem estereótipos na função que cada membro deve, ou pode, desempenhar em ambiente familiar ou social, que dificultam a afirmação da individualidade de cada um, e que atribuem a um direitos e deveres ao outro. Oportuna, Ivone associou estes conceitos também ao chamado “trabalho não pago”, como tratar de roupas, louças, refeições, compras, limpeza e organização dos espaços, tarefas incontornáveis na vida de qualquer família. A psicóloga Ariana chamou, então, a atenção para o facto de uma pessoa que não consegue equilibrar a sua vida familiar e nela se sentir feliz, não ter condições para trabalhar e produzir com empenho, não estar disponível para a inovação e para o desafio, e não sentir desejo para evoluir profissionalmente.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Um dos assuntos também abordado pelos convidados foi o “sentimento de culpa” que muitos trabalhadores experimentam por continuar preocupados, depois do horário laboral, com alguma tarefa profissional que tenham em mãos, ou por levar trabalho para casa, parecendo descurar a família. Ou o contrário, isto é, dedicar-se plenamente à vida familiar e pessoal, parecendo pôr em causa a evolução da carreira profissional.

Foi então que JLM, reconhecendo que – muitas vezes – esta é, também, uma preocupação para os empresários (por uma questão de justiça, de equidade, de capacidade, enfim), apresentou um dos programas mais caros à ACEGE, denominado Certificação de Empresas Familiarmente Responsáveis (mais informação em https://acege.pt/efr/), um modelo internacional de gestão de pessoas que fomenta uma cultura organizacional de equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e laboral, já aplicado em 68 empresas em Portugal, como a EDP, o BPI, a Brisa, os CTT, a Fidelidade e o Santander. Porque uma empresa é uma comunidade de pessoas, uma equipa em que todos contam, o empresário – com o apoio de uma consultora especializada – identifica, sistematiza, valoriza e controla todas as políticas e benefícios que faculta aos trabalhadores para além do que a lei impõe (salário emocional), processo que é certificado e auditado por uma entidade externa. Trata-se, pois, de um método eficaz para melhor conhecer as pessoas, melhorar a liderança e motivar os trabalhadores, que mais facilmente se alinham com os objetivos da entidade.

PUB

Porque alguns empresários do Núcleo Minho da ACEGE, com sede em Braga, quiseram participar, a iniciativa foi precedida por um jantar muito simples, mas muito agradável, no Refeitório Social da Paróquia de Nª Sra. de Fátima, em Viana do Castelo, a quem muito se agradece a disponibilidade na pessoa do Sr. Pe. Artur Coutinho. O encontro, que contou com apoio da Caixa Agrícola do Noroeste, teve lugar nas instalações da Associação dos Reformados e Pensionistas do Distrito de Viana do Castelo, a cuja direção o Projeto Viana da ACEGE muito agradece.

PUB
  Partilhar este artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

geral@minhodigital.pt

  Partilhar

PUB
📌 Mais de Viana
PUB

Junte-se a nós todas as semanas