O Congresso do PS

À liderança do Partido Socialista concorreram três moções:

–  “Por todos. Para todos” primeiro subscritor, José  Luís Carneiro.

– “Democracia plena” primei-to subscritor, Daniel Adrião.

– “Portugal inteiro” primeiro subscritor, Pedro Nuno dos Santos.

 

Feita a votação, ganhou a terceira moção apresentada com 62% dos votos expressos ficando a segunda com 36% dos votos e a terceira com 1% dos votos. Os 1% restantes terão sido brancos ou nulos.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Em face da intensa campanha eleitoral feita, importa o olhar atento por dentro do Congresso da efetiva prestação do mais influente opositor ao Secretário Geral eleito.

A prestação e as causas sequentes ao não ter sido eleito. Ou seja; aqueles que o querem agora ver cair.

José Luis Carneiro foi descaradamente apoiado de forma subtil pela comunicação social e, por isso, importa uma análise breve ao seu desempenho vista por dentro segundo o olhar de um delegado militante de base.

A áurea com que emolduraram José Luís Carneiro ruiu.

Bastou que não  tivesses sido eleito secretário geral  do PS e o Ministério que tutela virou do avesso precisamente aonde já era previsível: as forças de segurança. Um segmento social aonde o Chega penetra com facilidade por uma questão de poder no exercício da autoridade que não vemos nas ruas das cidades mas vemos nas noticias difundidas ou então quando, impreterivelmente, tem de estar presentes para tomar conhecimento e dar seguimento processual às ocorrências. De preferência se a comunicação social já lá estiver ou tiver sido chamada.

Num País aonde a grande maioria dos pensionistas e reformados não aufere mais de 500€ por mês para governar a sua vida,  é de bradar ais Céus o pagamento de… um suplemento na ordem dos 900 € a agentes de segurança com quem, haja coragem para o dizer, não podemos contar.  Nem com estes nem com a justiça que de justiça tem contornos demasiado sinuosos.

Tudo isto a propósito de benesses concedidas à policia judiciária, vá-se lá saber porquê!

José Luís Carneiro perdeu assim o verniz com que foi “endeusado” e, apareceu no Congresso do Partido Socialista a tentar justificar o injustificável.

Ele e Pedro Nuno dos Santos tem visões diferentes para o futuro político, económico e social do País.

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Como é obvio, em causa estavam, e estão, porque as eleições legislativas só se realizam em março, os interesses das populações com enfase fundamental para a  defesa dos interesses do Estado que não é uma entidade fantasma.

O Estado somos tofos nós a quem os agentes politicos devem respeito porque somos quem os elege para defesa dessa valência em contraciclo com os interesses de alguns que nos usam para continuarem a sugar o Estado em prejuízo do coletivo social, ambiental, em suma; defender politicas que protejam e incrementem a biodiversidade.

José Luís Carneiro tem a convicção de que o centro direita tem soluções viáveis para o País mesmo tendo a consciência de que o PS é um partido de esquerda afeto aquando da sua formação ao Marxismo.

Infelizmente, a grande maioria da classe politica não faz a mínima ideia do que são os princípios da filosofia Marxista e o seu fundamento económico e de organização social quiçá, terão uma ilustração da economia académica que não nos leva a lado nenhum tão só porque a sua visão sobre o futuro civilizacional é limitado.

Algo que Sartre aborda com sabedoria na tese sobre o existencialismo.

Mas, voltando ao Congresso do Partido Socialista; José Luís Carneiro não passou de uma intervenção ligeira de cosmética. É que nem sequer nos tratou por camaradas. Tratou por congressistas e amigos. Falou da pandemia, da divida publica e do superavit conseguido pela primeira vez, mas também falou da pobreza infantil e da pobreza dos idosos parecendo que o superavit conseguido nada tem a ver com o aumento da pobreza real passando a dissertar sobre a crise económica que nos assola.

Modernizar o Estado e qualificar as empresas sem explicitar como, é confuso.

Depois dos elogios da praxe à Governação do PS e de António Costa lembrou-se dos camaradas que no inicio eram amigos. Estou mais em crer que o termo ajustado seria companheiros, mas…

Defendeu a descentralização valorizando o pode local.

E, terminou…

“O País tem na liderança de António Costa a certeza do futuro.”

Coisa estranha.

O Congresso do Partido Socialista ratificou e  aprovou a liderança de Pedro Nuno dos Santos!

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