Editorial

O dia e ano em que nasceu o Menino Jesus 
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Arlinda Rego Magalhães

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“É impossível determinar com certeza a data do nascimento de Jesus, embora historiadores concordem, que poderia ter ocorrido por volta do ano 4 a.C. (antes de Cristo).

Poderia ter sido a 13 de abril ou a 14 de Outubro. “

O dia 25 de Dezembro, é celebrado na Igreja Católica Apostólica Romana, como sendo o nascimento do Menino Deus.

Antes deste acontecimento, os historiadores referem uma festa nesta época, destinada a festejar, o nascimento do Deus Sol no solstício de Inverno.

Na época do Império Romano, a Igreja Católica no século III, para converter alguns povos pagãos, começou a comemorar, o nascimento de Jesus de Nazaré, nesta mesma data anualmente.

O dia de Natal, é um feriado religioso cristão, celebrado em 25 de Dezembro.

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Os cristãos ortodoxos festejam-no a 7 de Janeiro, e os cristãos arménios a 6 de Janeiro.

Nos nossos dias obviamente, mesmo os não cristãos, celebram o dia de Natal, como um dia de festa da família, troca de presentes e refeições típicas da época, aumentando significativamente, os gastos económicos das famílias em todo o mundo.

A festa natalícia, é a 25 de Dezembro desde o século IV, pela Igreja Ocidental, e desde o século V na Oriental. As duas celebram o nascimento de Jesus.

No entanto, muitos historiadores, situam a primeira comemoração do Natal em Roma, no ano 336 d.c. e referem, que os primeiros registos da celebração do Natal, têm ainda uma origem anterior. Neste caso na Turquia, a 25 de Dezembro, já em meados do século II. Só no ano 350, o Papa Julio I após uma investigação pormenorizada, proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial. E apenas em 529 o Imperador Justiniano declarou este dia, 25 de Dezembro, como feriado nacional.

Esta junção da festividade religiosa, com as tradições pagãs, foi dando origem a muitas manifestações diferentes, como os presentes, que simbolizam as ofertas dos Reis Magos. Assim como, as representações artísticas da Natividade. Que existem, desde o século IV, um tema por excelência. A tradição católica diz que o presépio surgiu em 1223.

São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de forma realista. Pediu permissão ao Papa, e fez um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. E foi nesse cenário, que se celebrou a Missa de Natal.

Mais tarde, no século XIII surge o presépio, tal como hoje o conhecemos, cuja representação revela de forma inequívoca a humildade de Jesus. O Menino Deus que nasce numa manjedoura, o sítio mais simples, rodeado pelos mais pobres. É esta representação ternurenta e humilde, que chega aos nossos dias. Significa também o despojamento, da riqueza terrena, nascemos sem nada, morremos e não levamos nada. É a vitória do ser, sobre o ter. É a marca do Cristo Redentor, que abraça a humanidade.

Mas o Natal tornou-se mais complexo e existem outros símbolos pagãos ou não, que nós partilhámos.

Será por exemplo interessante saber, e perceber a razão da existência da árvore de Natal. Alguns dizem ser uma tradição pagã, que vem desde a celebração do solstício de Inverno, onde se usavam ramos verdes, simbolizando a adoração pagã das árvores.

Ou ainda outra versão, que refere o monge Martinho Lutero, século XVI, autor do Protestantismo, como iniciador da árvore de Natal.

Lutero um dia ao olhar para o céu, através de uns pinheiros, que cercavam o caminho, viu-o intensamente estrelado, parecendo-lhe um colar de brilhantes diamantes, por cima  da copa das árvores. Emocionado com a beleza do que viu, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra. Decorou-o com a ajuda da mulher e dos filhos, com pequenas velas acesas, nas pontas dos ramos. Depois pôs papéis coloridos para imitar o brilho das estrelas. Nascia assim a árvore de Natal. Era a forma mais bonita, de mostrar às crianças, como deveria estar o céu na noite do nascimento do Menino Jesus.

Nos nossos dias, a comemoração do Natal é feita também, pela figura incontornável do Pai Natal.

Esta imagem moderna do Pai Natal, foi criada nos Estados Unidos.

A origem do nome em inglês, Santa Claus vem do Sinterklaas holandês, que significa simplesmente, São Nicolau. Nicolau foi bispo de Mira, na atual Turquia, durante o século IV. Entre outras actividades atribuídas ao santo, ele foi relacionado com o cuidado às crianças, à generosidade e à doação de presentes. A sua festa em 6 de dezembro, passou a ser comemorada em muitos países com a troca de presentes. São Nicolau era bem conhecido nos Países Baixos, e esta prática de dar presentes em seu nome, espalhou-se por todo o mundo.

Mas o Natal é o maior acto de amor que Deus revela ao Homem. Dá-lhe o seu próprio filho para que o cuide. É Nascimento do Salvador.

O Menino Deus, o Menino Rei, que quis nascer pobre e indefeso, para provar aos homens que somos todos iguais. Todos nascemos de uma mulher e todos dependemos de todos.

Perdoem-me a ousadia, mas nem mesmo um ateu, pode negar a existência de um Cristo histórico.

A história descobre-o e identifica-o.

Os cristãos reconhecem que Cristo é Deus! Ou como diriam alguns sacerdotes Deus pai, Deus filho, Deus espírito santo. É UM SÓ!

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