Meia centena de mestres e tripulantes de 49 embarcações estiveram reunidos com o Presidente da Câmara Municipal de Caminha para denunciar a desigualdade de tratamento por parte dos responsáveis da Central Eólica Offshore Windfloat Atlantic (WFA).
O novo parque eólico, que fará parte da paisagem do largo de Viana do Castelo, torna uma grande área de mar interdita à pesca, o que impede a comunidade piscatória de exercer a sua atividade nesse local e leva a uma sobrecarga nas zonas envolventes.
PUBDe acordo com os pescadores, foram atribuídas compensações a várias embarcações afetadas, 16 embarcações foram beneficiadas com 1 milhão de euros e outras 28, depois, com 500 mil euros. Ficando esquecidas das negociações 49 embarcações de Caminha, Vila Praia de Âncora e Castelo de Neiva que não receberam qualquer indemnização.
Com intuito de alertar para esta desigualdade, os pescadores reuniram com o Presidente de Caminha, Miguel Alves. E realçaram, para além de terem sido excluídos das negociações, desconhecem os critérios utilizados na atribuição das indemnizações.
GOSTA DESTE CONTEÚDO?
- Não se esqueça de subscrever a nossa newsletter!
O autarca, acompanhado do Comandante da Capitania de Caminha, ouviu as indignações dos pescadores e prometeu levar o assunto ao Governo para que se encontre uma solução rápida, justa e eficaz.
Indignados pela discriminação e pelo esquecimento, os pescadores que temem pelos seus postos de trabalho e pelo futuro sustento das suas famílias ameaçam com um boicote às próximas eleições legislativas e com a colocação de uma providência cautelar. Admitem ainda a presença, como protesto, no comício do PS em Viana do Castelo onde estará presente o Primeiro-Ministro, António Costa, que se realizará no dia 27 de setembro, no Largo da Estação às 21h.
PUB