Editorial

Politicamente correto
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Jorge VER de Melo

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O nosso Governo andou até agora a “tapar o sol com a peneira”, ou seja, a proceder da forma que entendem ser “politicamente correta”.

Então o que conseguiram?

Baralhar toda a situação económica dos cidadãos e por conseguinte do Estado da Nação.

Vão dando algumas esmolas e subsídios, tentando identificar-se como muito benevolentes e amigos do cidadão, ficando a sensação de puro altruísmo.

Mas na verdade não é nada disso que a Lei n° 53-B2006 de 29 de dezembro de 2006, indica ao criar o “indexante dos apoios sociais e novas regras de atualização das pensões e outras prestações sociais do sistema de segurança social”.

Essa fórmula surge como regra para evitar a quebra do nível de vida, pois baseia-se em aumentos automáticos que são calculados com base em dois indicadores económicos.

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Estes dois fatores são o Produto Interno Bruto (PIB) e o índice dos preços ao consumidor (IPC), habitualmente designado por inflação.

Dessa forma e com o auxílio da Lei 53 são calculados automaticamente os valores dos aumentos das reformas.

Vamos então analisar como tudo isto tem sido revertido e baralhado por quem nos dirige.

O que será o tal “politicamente correto”?

É nem mais nem menos do que agir apenas de forma a não afetar o sentido de voto naqueles governantes. Resultando numa opinião popular totalmente deturpada.

Daí, passa a funcionar uma governação sem qualquer beneficio para o eleitor, mas sim, algo para uma boa impressão acerca daqueles políticos, o que não resolve a vida de cada um.

Isto é “deitar areia para os olhos” das pessoas.

Assim, vão baralhando o sistema e arrecadando uma boa parte dos impostos que pagamos para investirem em disparates como os da TAP e dos Bancos falidos.

Deveriam ter cumprido a Lei, tal como fizeram outros países da União Europeia, em lugar de tentarem ludibriar o processo.

Agora, parecem “baratas tontas” tentando resolver os problemas provocados.

Todos verificamos facilmente, os efeitos dessa má governação:

  • Famílias inteiras sem casa para viver por falta de liquidez;
  • Reformados sem verbas para pagar os medicamentos;
  • Imensas famílias sem capacidade monetária para fazer face à alimentação e a outros bens de primeira necessidade, etc.

Acordaram agora para se aperceberem que a simples retirada do IVA em alguns produtos alimentares, é uma ajuda importante.

Porquê tantos truques quando apenas cumprindo a Lei resolveriam a maioria dos problemas?

Estão mais uma vez a demonstrar: larga ingenuidade e demasiada falta de prática da vida real.

A verdadeira vida dos portugueses não está na imaginação dessas pessoas, mas sim, nas ruas e nas casas de cada cidadão.

E se dessem umas voltas por este país disfarçados de gente comum?

 

 

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