«Desde 2021 que a Câmara de Caminha tem mais de 4 milhões de euros para usar numa Estratégia Local de Habitação social e em 2024 ainda não têm nada em concreto para apoio às famílias que mais precisam».
A Ministra da Habitação, Marina Gonçalves, está na mesma senda do restante executivo governamental.
Depois de dois anos de vergonhas nacionais, num governo que fez história pelos piores motivos, depois de tantas polémicas e queda de membros do Governo, vem, em cima de eleições, fazer campanha no concelho de Caminha.
Vale tudo para não perderem as eleições.
A dra. Marina Gonçalves, assinou em 2021 o protocolo no âmbito do 1º direito – estratégia local de habitação, em Caminha com a verba disponibilizada de cerca de 4 milhões de euros, que vem diretamente do PRR.
Em 2024 nada foi feito. A Ministra e o presidente da Câmara Rui Lages, que teve durante muito tempo este dossiê nas mãos, deveriam pedir desculpas à população do concelho de Caminha por não terem conseguido tirar do papel a estratégia local de habitação no seu próprio concelho.
Em altura de eleições vêm com mais anúncios a que este executivo já nos tem habituado.
Os cidadãos do concelho de Caminha que têm problemas graves de habitação continuam à espera que o programa 1º direito possa ser uma luz ao fundo do túnel.
Em vez de ajudarem quem mais precisa no imediato, andam em parangonas a passar casas de uns institutos para os outros, quando nos outros concelhos já têm a estratégia de habitação em marcha.
Para agravar, Rui lages, que não tem qualquer estratégia para o concelho, ainda pede as casas do ICNF, na entrada de Caminha, numa zona nobre, para habitação quando há tantas outras soluções, nomeadamente, património da própria câmara que está sem uso.
Na opinião da Coligação O Concelho em Primeiro, o pedido para as casas do ICNF passarem para gestão do Município deveria ser para desenvolver projetos que potenciassem o concelho de caminha.
Estrategicamente a Coligação propunha e tinha como ideia para aquelas três casas e armazém na entrada da mata do Camarido, fazer-se um Centro de interpretação do Rio Minho e da cultura e história da vila piscatória, um posto de apoio a peregrinos e centro de informação da história dos caminhos de Santiago pelo concelho de Caminha e um centro de informação turística que pudesse potenciar todo o território.
Três centros, num só espaço, transformando aquele local numa zona de atração turística e de conhecimento do nosso concelho.
O Concelho de Caminha precisa de facto que se ponha mãos à obra, porque está parado no tempo.
Precisamos de mais ideias e estratégias que desenvolvam o nosso potencial turístico e económico.
Não podemos é continuar a ter um presidente que se preocupa mais com eleições, que traz ministros em visitas em pura campanha eleitoral, mas não seja capaz de exigir mais para o nosso concelho.
Não precisamos de um presidente subserviente do partido.
Precisamos de alguém que lute por Caminha com estratégia.
Temos as estradas esburacadas, passado um ano das intempéries, não foi capaz de exigir mais para o Concelho.
Temos casas de cidadãos caminhenses em situações indignas e em três anos ainda não conseguiu pôr em marcha o 1º direito.
Mas estão sempre prontos para, em cima de eleições legislativas, virem fazer campanha eleitoral ao concelho de Caminha.
O Concelho de Caminha merece muito mais que isso.
Não merece ministros que não executam em tempo útil as candidaturas do PPR, que respondem a indemnizações de milhões por WhatsApp, nem de um presidente de câmara que se preocupa mais em fazer orçamentos municipais com muito dinheiro para eleitoralismos e muito pouco para as freguesias e para os caminhenses.