É isso mesmo meus amigos, fui ao dicionário, descobrir outro significado para discurso.
Lembrei-me que, se lhe chamasse outro nome, poderia tolerar mais meia dúzia de palavras, frases, parágrafos, enfim textos mais ou menos aborrecidos ou caricatos.
Arenga pode significar;
Discurso público.
Discurso enfadonho.
Discussão acalorada.
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Senti-me compreendida, nestas definições, ou melhor nestes significados.
É que feliz ou infelizmente tenho ouvido e assistido a algumas arengas / discursos públicos, de muito pouca qualidade. Sem pragmatismo, sem inovação e sobretudo com pouca seriedade.
Outras arengas/ discursos enfadonhos, utilizam frases e expressões gastas, pela repetição e má utilização de alguns significados ou comparações. Outros até, são autênticos devaneios de adolescentes mal informados.
Enfim, finalmente temos assistido a outras arengas / discussões acaloradas, entre candidatos a políticos, que unicamente lutam pelo maior número de grandes planos, executados pelos camera men ou camera girl.
É todo um processo de revelação, de um perfil físico e emocional que transmita confiança e legitimidade.
E assim de arenga em arenga, vamos assistindo à morte prematura de alguns destes candidatos a políticos…
Diz o povo e com razão; “quem muito fala pouco acerta”.
Se o ditado é verdadeiro, disso não temos a menor dúvida.
Até porque todo aquele que fala, só para se fazer ouvir, não costuma ter grande audiência. No entanto, também temos o caso daqueles que tendem, a justificar tudo a todos. Dão demasiados exemplos e explicações. Estão sempre em cima do acontecimento e a maior parte das vezes, revelam falta de conhecimento e precipitação nas respostas.
Depois “the last, but not the least”, ainda devemos suportar simpaticamente, as arengas profissionais dos profissionais da comunicação.
E verdade seja dita, às vezes com respostas curtas de sim, ou não, elaboram autênticas teses e dissertações sobre, o como, e o porquê, de determinada expressão.
Parece um jogo de adivinhação, das pausas, das respirações e até das tosses irritativas.
Em suma, se estiverem de acordo, eu proponho humildemente o seguinte:
Perguntas curtas, sem afirmações subjectivas incluídas, e respostas verdadeiras e fundamentadas.
Não interromper o convidado, até este acabar de explicar o seu ponto de vista.
Não inferir, não decidir e sobretudo não fazer da entrevista, que se quer séria, um espectáculo de arengas.
Sejamos sérios nas questões, se pretendemos respostas verdadeiras.
E assim nos ficamos, pela eventual arenga deste dia, tenha ela o significado que tiver.