Espanha encosta o parque eólico a Caminha e Rui Lages, mais uma vez, não sabe de nada nem acautelou que a moção da Assembleia Municipal fosse cumprida.
A Câmara Municipal de Caminha, através de Rui Lages, assina um parecer sobre a instalação das eólicas e não dá a conhecer às forças políticas do concelho.
Depois da Assembleia Municipal ter dado um Não unânime à instalação deste parque eólico na nossa costa, Rui Lages, mais uma vez desrespeita a deliberação e age por si só.
Sobre o parecer, que se ficou a conhecer pelas redes sociais, os eleitos da coligação OCP lamentam que o presidente da Câmara se tivesse aproveitado do trabalho dos pescadores.
O preâmbulo inicial, que foi da responsabilidade de Rui Lages, tem uma apologia à instalação dos parques eólicos, sempre a defender primeiro as decisões do governo e não ouvindo e respeitando o concelho de Caminho e as diferentes manifestações públicas que existiram.
No restante corpo de texto, sabe-se que o trabalho foi feito, de forma muito profissional e preocupada, pelas associações de pescadores, no que diz respeito a tentar reduzir o tamanho da área de instalação, porque não conseguem lutar contra o Governo e um presidente da câmara que faz um preâmbulo daquele teor. Mas no final, Rui Lages, assina o documento como se tivesse sido escrito totalmente por ele o que não corresponde com a verdade.
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Lembramos que até à data em que a coligação OCP falou sobre o assunto, Rui Lages nada sabia a não ser que tinha que cumprir com as obrigações que o Secretário de Estado José Maria Costa e o Governo do seu partido, queriam colocar no Mar que é de todos nós.
Para agravar, e como alguém que espera que lhe façam, como diz o ditado popular, “ a papa toda”, não acautelou a questão com Espanha e ficou-se ontem a conhecer, através do jornal Faro de Vigo, o mapa da instalação das eólicas na outra margem e os espanhóis conseguiram colocar o parque com 34 turbinas encostado a Caminha e praticamente na frente do nosso Rio Minho.
Conseguiram retirá-lo da frente da Ria de Vigo e colocaram-no em frente ao Rio Minho.
Isto é grave e não se vê da parte do presidente da câmara, nem do Governo português nenhuma ação para que isto não seja possível.
Já há pouco peixe no Rio Minho. O que nos restará no futuro quando os parques estiverem em funcionamento?
Já há problemas na pesca, a união europeia alerta para que não se instalem parques eólicos em zonas de pesca e em Portugal fizeram exatamente o contrário com a conivência dos autarcas que esperam vir a ganhar algum dinheiro com a exploração do Mar que é de todos nós, acabando com variadíssimos ramos de atividade associados à exploração económica do Mar que é de todos nós.
Caminha precisa de um novo Rumo, de mais músculo político, mais maturidade e de gente com capacidade de luta e trabalho.
Rui Lages não conseguiu dar resposta à falta de condições em redes viárias depois das intempéries
Prioridades do Executivo são a necessidade obsessiva das fotografias em festas e o trabalho que é urgente fica por fazer.
Há duas semanas uma munícipe de Cristelo escreveu uma carta aberta a denunciar uma situação degradante de três ruas em Cristelo, que sofreram danos com as intempéries.
Ruas essas que dão acesso a casas privadas e a alojamentos locais.
Na última reunião de câmara os vereadores da coligação O Concelho em Primeiro (OCP) questionaram sobre esta situação.
Ao dia de ontem, depois de uma visita ao local, apercebe-se que pouco fizeram e o pouco que foi feito, depois dos vereadores da OCP terem questionado, foram só trabalhos de cosmética que em nada resolveram o problema. Continuam as ruas sem acessos e as pedras no meio da estrada.
“Não entendemos onde anda o presidente da Junta de Moledo e Cristelo e porque é que não fez o seu trabalho junto do presidente da Câmara para que estas vias fossem reparadas, uma vez que é um valor pequeno de intervenção”, atiram os elementos da OCP.
Nos concelhos vizinhos, já procederam à reparação da maioria das vias danificadas nas intempéries de janeiro e agora entregaram à CCDRN o valor das faturas pagas para serem ressarcidos.
Em Caminha, Rui Lages, não fez nada. Não prescindiu de nenhum valor nas suas assessorias pessoais e verbas para o show off que tanto gosta, para colmatar necessidades urgentes.
“Não entendemos como é que se diz que se promove o turismo e se deixa as pessoas a viverem nestas condições”, afirmam os vereadores da OCP.
É muita imaturidade política para se priorizar aquilo que realmente importa e muita pouca estratégia para valorizar o território único que temos.
“Rui Lages, para o que lhe interessa, atrás de votos, tem dinheiro, mas para resolver problemas das pessoas já diz que não tem. Isto não é forma de gerir um concelho!
Insistiremos na resolução da recuperação das vias do concelho de forma urgente e não toleraremos mais um presidente que se desculpe que ainda não veio dinheiro da CCDRN, quando ele próprio não teve uma estratégia este ano para priorizar o que realmente era importante. É nas horas difíceis que os grandes líderes tomam decisões em prol das populações.
Este presidente da câmara só toma decisões para “dois versos e um copo”, e não resolve o que realmente interessa e preocupa as pessoas.