Todos o afirmam: é a romaria mais genuína e típica do Alto Minho! Sempre com a característica de manter a tradição que leva milhares de peregrinos oriundos de todo o país e não só, as suas gentes recebem como ninguém e ao som das concertinas e cantares ao desafio. Assim se vive o S. João de Arga hoje e amanhã.
GOSTA DESTE CONTEÚDO?
- Não se esqueça de subscrever a nossa newsletter!
Muitos não explicam a razão porque a romaria de S. João de Arga é uma das mais concorridas do Alto Minho. Talvez, por tudo o que a envolve: a simplicidade e a natureza fantástica!
PUBO certo é que ela é a mais verdadeira e genuína. À volta da sua capela os cartéis enchem-se de famílias para viver a festa, mas também para saborear os produtos típicos da região, sendo nesta altura o mais procurado o cabrito à Serra de Arga, o serapateu, o vinho e o conhecidíssimo «xiripiti» que não é mais do que bagaço com mel.
As gentes da serra recebem os pergrinos vindos de todo o lado e nesse momento vive-se a festa num todo e sempre ao som das concertinas e cantares ao desafio vindos de todo o lado.
PUB
Este ano a Junta de Freguesia de Caminha e Vilarelho, e a exemplo do ano anterior, organiza uma peregrinação até à Serra de Arga. Assim, a concentração dos romeiros no Terreiro de Caminha será hoje às 12 h30m e a partida para S. João de Arga às 13 horas. Segundo nos revelou Miguel Gonçalves, presidente da Junta de Caminha e Vilarelho «no ano anterior teve uma grande adesão e dado o seu êxito fomos incentivados a repetir esta experiência».
Honrar a tradição é um dos objectivos, mas Miguel Gonçalves acrescenta que se pretende « proporcionar uma actividade que vá ao encontro do que os nossos antepassados faziam e, ao mesmo tempo, honramos a maior romaria do nosso concelho e uma das mais importantes do Minho». Para o autarca «a romaria e a peregrinação levam assim ao conhecimento de quem nos visita, mas também da população local de conhecer as nossas paisagens e o nosso património».
A hora e local da peregrinação está marcado. Para viver a festa de S. João d’ Arga … é só comparecer!
PUB
Preparativos
À volta do adro, existem os quartéis do lado poente, norte e sul, com grandes varandas medievais, onde se albergam os romeiros, as bandas de música, os mordomos, o Sacerdote, que vão à festa.
São dois edifícios corridos em forma de “ L “ à volta da capela ao som do adro da mesma, em granito, de dois pisos maciços. No piso superior, cujo acesso é feito através de várias escadas exteriores, há uma varanda virada para a capela que corre de uma ponta à outra, e onde são as entradas para os quartos que têm uma janela muito pequena.
No piso térreo instalam-se os vendedores, aquando das romarias. Estes quartéis são de construção posterior à capela, embora não sejam todos contemporâneos uns aos outros.
A Fé
É no dia 28 e na noite de 28 para 29 de Agosto que lá vão os devotos de S. João Baptista. De entre o Rio Neiva e o Rio Minho, parece não escapar ninguém de fazer uma promessa ao Santinho, com a obrigação de lá ir cumpri-la; ou são os “ cravos “, quistos, coisas estranhas ou tumores, por isto ou por aquilo lá chegam para cumprir devotamente a promessa e divertirem-se toda a noite à volta das filarmónicas, das concertinas, dos cantadores ao desafio, das músicas, etc, dentro do próprio adro.
Dizem os mais velhos que, antigamente, a iluminação era à base de velas, azeite e archotes e que os romeiros, ao chegarem ao adro, atiravam foguetes e caíam lá bailadores e tocadores de concertina sem conta.
É ainda hoje o mesmo esquema, só mudaram as iluminações.
Vêem-se pessoas exaustas de andar de joelhos, em redor da capela, depois de atravessarem as “ sete serras “, como dizem os que vão do lado de Viana.
São milhares e milhares de devotos que ali acorrem por estes dias.
O santuário é para e de todos e isto se nota nas procissões; os que servem ao pálio ou às lanternas, muitas vezes, se desconhecem uns aos outros, nem sabem de que terra são.
Não há programa…
Não há cartazes…
O S. João d’Arga celebra-se no dia da degolação de S. João Baptista: a 29 de Agosto.
Toda a gente sabe e lá aparece de Fragoso a La Guardia e Ganfei e de Âncora a Paredes de Coura.