Editorial

Falta de água
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Jorge VER de Melo

Neste momento estamos com o problema gravíssimo da falta de água no planeta. Sendo assim, Portugal não é exceção.

Neste dilema, nem populações nem Governos, se aperceberam de uma realidade ainda mais grave: “A água é fundamental para a vida.”

Temos então o imenso problema da nossa subsistência estar dependente de algo que começa a faltar ou a agravar a inexistência numa grande maioria dos países.

As causas para esta crise hídrica são:

  • Consumo em excesso;
  • Desperdício;
  • Diminuição do nível das chuvas;
  • Poluição em demasia;
  • Descuido na sua manutenção e;
  • Aumento do consumo acompanhado pelo crescimento da indústria, da agricultura e da população mundial.

Embora a água ocupe cerca de 71% da superfície da Terra, 97,4% desse volume encontra-se nos oceanos. Daí se conclui que apenas 2,6% são água doce sem considerarmos nesses números o vapor de água existente na atmosfera.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), 2,2 biliões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável. Razão suficiente para que nos países em desenvolvimento se contabilizem 80% das doenças e mortes.

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No século XX, a população mundial cresceu 3 vezes, mas o consumo da água aumentou 6 vezes, o dobro. Isto representa um desequilíbrio exagerado relativamente ao historial anterior.

Só no Brasil, existem 12% da água doce do globo, mas 74% desse valor estão disponíveis na bacia hidrográfica da Amazónia.

O acesso à água e ao saneamento básico são reconhecidos pela ONU como um direito universal. Mas conta que apenas metade dos países membros consigam ter acesso a esse direito até ao ano 2030.

Duvidamos que Portugal consiga atingir esse objetivo em tão curto espaço de tempo até porque, a nível mundial, a falta da água e acesso a ela já começam a provocar conflitos, (guerra na Ucrânia) e por consequência a falta de alimentos.

O consumo global da água está contabilizado pelas Nações Unidas da seguinte forma:

  1. Agropecuária 69%;
  2. Residências particulares 12% e;
  3. Indústria 19%.

Na Europa, 57 milhões de pessoas não têm acesso à água canalizada, a maioria no Leste.

Concluem ainda que as principais razões para essa falta de cesso são:

  1. Urbanização;
  2. Crescimento populacional;
  3. Desigualdade social;
  4. Pobreza;
  5. Falta de acesso à educação e ao trabalho.

Índice de percentagens da seca em Portugal continental:

– 4,5% em seca moderada;

– 29,3% em seca severa e;

– 66,2% em seca extrema.

Índice de Severidade Seca de Palmer (PDSI). Informação  dada pelo IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera).

Desde 1931 que não existe mês mais seco do que fevereiro de 2022.

Conclusão:

– A única solução é pouparmos a água que temos pois trata-se do líquido mais precioso existente no planeta Terra. Sem ela tudo acaba …

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