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Antigos Combatentes continuam inconformados perante promessas não cumpridas!

Antigos Combatentes reunidos em Vila Praia de Âncora reivindicam medidas de apoio a serem tomadas em sede de Orçamento para 2024, face à actual conjuntura social em que engrossam os dois milhões de pessoas em risco de pobreza em Portugal. 

O MAC – Movimento Cívico dos Antigos Combatentes e o Departamento dos Antigos Combatentes do Lions Clube de Vila Praia de Âncora estiveram reunidos na sequência de um encontro de reflexão entre Antigos Combatentes realizado em Vila Praia de Âncora no passado dia 26 de setembro de 2023, que os mandataram  para apresentar aos Órgãos de Soberania – Presidência da República, Assembleia da República, Governo e Partidos Políticos com assento parlamentar, outras entidades e comunicação social –   a súmula das suas preocupações para que possam ser satisfeitas em sede do Orçamento Geral do Estado para 2024 a aprovar pela Assembleia da República, e que a seguir se expõem.

 

  1. Os Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar têm sido esquecidos ao longo dos últimos 50 anos pelos órgãos de soberania saídos do 25 de Abril;
  2. Antigos Combatentes que, através do serviço militar obrigatório, foram mobilizados para os vários teatros de guerra em África, especialmente a Angola, Guiné e Moçambique, essencialmente soldados, cabos, furriéis e alferes milicianos, que no final terminaram a sua comissão militar e passaram à disponibilidade, muitas vezes com grande dificuldade de inserção no mercado de trabalho em que a emigração era um dos escapes;
  3. Antigos Combatentes que após o 25 de Abril de 74 foram completamente abandonados pela Pátria e muitos deles humilhados pelo poder dos novos países e tomados como prisioneiros, como aconteceu com os aquartelados  em Omar, no Cabo Delgado, no norte de Moçambique que foram levados como prisioneiros para a Tanzânia;
  4. 50 anos de esquecimento é um tempo demasiado longo e inaceitável para quem deu a vida pela Pátria, quem foi abandonado na sua reinserção social e ainda carrega mazelas e problemas graves de saúde, designadamente do foro psicológico, numa faixa etária que já ultrapassou a barreira dos 70 | 80 anos de idade e que muitos deles, infelizmente, já faleceram com a mágoa e o sentimento de que a Pátria não os honrou;
  5. Os Antigos Combatentes ainda vivos têm engrossado ultimamente as fileiras dos dois milhões de pessoas em risco de pobreza existentes em Portugal, face à subida da inflação, ao abrandamento da economia e ao elevado custo de vida que se tem sentido;
  6. A esmola que lhes é atribuída anualmente, no mês de outubro de cada ano, o Suplemento Especial de Pensão (SEP) – conforme o tempo passado em zona de guerra, ou seja: Até 11 meses – 85,97€; entre 12 e 23 meses – 114,61€; e igual ou superior a 24 meses – 171,90€, é mísera, discriminatória e indigna dos Antigos Combatentes, que não chega a ser uma pequenina gota no mar das suas extremas necessidades e carências, muitos deles a optar pela condição de sem-abrigo;
  7. Assim, porque o tempo de vida urge, vêm apelar aos Membros dos Órgãos de Soberania e aos Partidos Políticos que reflitam, reconsiderem a apatia com que têm votado ao abandono os Antigos Combatentes e que no próximo Orçamento de Estado para 2024 mudem de atitude e aprovem um Suplemento de Pensão Mensal que seja generoso e justo e lhes permita viver os últimos dias das suas vidas com dignidade e com o conforto de que a Pátria tardou mas honrou os Antigos Combatentes.

 

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«Esperamos Honra e Respeito para os Veteranos do Passado! O tempo  urge! Viva Portugal! Vivam os Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar!» – acrescenta o documento a que o MD teve acesso-

Pelo MAC – Movimento Cívico dos Antigos Combatentes assinaram o Presidente da Direcção Joaquim Coelho, o Presidente do Conselho Fiscal Joaquim Leal e Membro do Conselho Fiscal Firmino Moreira e pelo Departamento dos Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar do Lions Clube de Vila Praia de Âncora, rubricou o Presidente Manuel Amial.

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2 comentários

  1. Há muitos veteranos de guerra que não serviram de desta luta inglória contra irmãos que nem armas tinham.
    Se assistissem aquilique vi,como deslocado como professor em Camabatela,hoje não se falava só de quem serviu de armas na mão.
    Valas abertas,como eu vi,onde se enterravam milhares de Africanos vivos e se fechavam as valas.
    Falar desta guerra onde alguns soldados inexperientes morriam,é recordar um passado triste dos oficiais que fizeram fortuna a faturar para se servirem,e o medo da guerra era tanto,que repetiam a oferta de voltar em mais comissões.
    Porque não falam daqueles guerreiros civis que se defenderam como puderam,sem armas,e tudo deixaram,fruto dum trabalho de muitos anos de vida.
    Para esses, foi o despreso e o esquecimento.
    Hoje ,aqueles como eu,que nao4lhes deram sequer a contagem de tempo perdido para uma reforma justa.
    Quantos temapenas a reforma da velhice e nada mais.
    Acabem com esta de heróis do ultramar,porque são heróis por ir lá matar irmãos, que sose defendiam com catanas,pois nem armas tinham.
    Uma terra onde todos se entendiam,e uns ditadores nazis queriam manter.
    Os grandes lucros desta terra rica viajavam para a Metrópole e quem trabalhou para isso,esses sim foram os herois4do ultramar,que la3fizeram a sua vida e tudo deixaram.
    Deixem-se de tretas e acabem com esse titulo4de heróis.
    Heróis são aqueles que nunca pegaram em armas e hoje são gente anónima…

  2. E triste que ignorância de alguns ainda subsista, nesse tempo estes que criticam deviam ter passado
    só 6 meses em situações difíceis, quando não se tem conhecimentos dos fatos, vale mais estar CALADO.

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