Andaram mais de uma década a tratar mal os trabalhadores da saúde e agora torcem a orelha porque não têm quem esteja com disposição para os aturar.
A Ordem dos Médicos, alegando que formar mais médicos traria problemas, não permitiu durante muitos anos a admissão de um número suficiente de formandos e agora vê-se o resultado!
O que nos vale são os médicos recém-formados fora do país e os estrangeiros que aparecem por aí, quando não a situação estaria ainda mais gravosa.
Os restantes médicos, numa boa percentagem, foram para os hospitais privados ou emigraram porque aqui têm sido mal tratados e até desrespeitados.
Quanto ao restante staff da saúde acontecem exatamente os mesmos problemas.
Isto até é ridículo! Quando mais necessitamos de natalidade, não há obstetras!…
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Esta gente passa a vida a “dar tiros nos pés!…”
Será que os nossos Governantes acreditam prestar assim um bom serviço à Nação? Nós não acreditamos!…
Já há vários anos nos íamos apercebendo da má gestão governamental na saúde em Portugal:
- Falta de vagas nos hospitais públicos;
- Consultas médicas com atrasos de meses ou anos;
- Operações urgentes com tratamento de não urgentes ou até esquecidas pela quantidade monstruosa de gente em espera;
- Começa a ser vulgar o falecimento de utentes por falta de assistência, basta ler ou ouvir os órgãos de informação.
Os cidadãos, perante tal pandemónio, tentam desenrascar-se como podem e assim, compram seguros de saúde e recorrem à assistência hospitalar particular. Portanto, só com capacidade económica é que se pode obter a saúde necessária.
Infelizmente continuamos a empurrar o futuro para o abismo da falência social.
É fácil falar em assistência particular para a saúde, mas acontece que a maioria dos portugueses não ganham nem para os medicamentos ou para o aluguer de casa, quanto mais para a saúde em hospitais particulares!…
Ficou bem demonstrado durante a pandemia que uma gestão linear, bem organizada e sem interesses particulares a furar as regras, tudo corre naturalmente melhor. Sem condições é que não!
Mas nesta terra há sempre quem esteja à espera de se governar à custa do mal dos outros.
Agora andam os economistas a afirmar que isto é apenas uma questão de gestão.
Só pode dizer uma coisa dessas quem nunca passou por um hospital público onde mesmo faltando quase tudo vão resistindo com a ajuda da força de vontade e do desenrasque por parte dos profissionais competentes que para cobrirem as necessidades dos outros abandonam a família e depois sofrem as consequências.
Onde é que está a gestão quando os profissionais se perdem no meio de uma total confusão desordenada por falta até de espaço para trabalhar.
E vêm estes Senhores afirmar que é tudo uma questão de gestão?
Quem consegue gerir seja o que for se não tiver condições para tal?
Meus caros, não é a tentar enganar o cidadão que ele deixa de morrer sem assistência hospitalar…