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Conservação e restauro do Chafariz da Praça da República representa empreitada de 122 mil euros

Comunicado de Imprensa

A Câmara Municipal de Viana do Castelo iniciou a empreitada de conservação e restauro do Chafariz da Praça da República, classificado como Monumento Nacional desde 1910 e verdadeiro ex-libris da principal sala de visitas da cidade. A obra, num valor superior a 122 mil euros, acrescido de IVA, conta com um prazo de execução de 6 meses.

Em causa estão patologias da pedra que afetam o chafariz, a necessidade de substituição da tubagem interior e da consolidação da estrutura. É necessário que o chafariz seja desmontado para ser tratado e voltar a ser colocado. “A desmontagem do pilar central do chafariz é uma operação essencial, que permitirá a revisão total do sistema hidráulico e a verificação e colmatação estrutural dos diversos elementos pétreos que o constituem”, lê-se no projeto.

O Chafariz da Praça da República é do século XVI. Foi construído, ou pelo menos concluído em 1559, sendo obra do mestre canteiro João Lopes “o velho”, o mesmo que alguns anos antes executara o chafariz de Caminha e, muito provavelmente, alguns dos chafarizes semelhantes que podemos encontrar em cidades galegas como Pontevedra.

Encontra-se na antiga Praça da Rainha, atual Praça da República. Localiza-se na parte oriental da Praça, em frente aos Antigos Paços do Concelho. É uma obra renascentista, o último de um conjunto de três projetos monumentais realizados pelo canteiro portuense. Terá substituído uma fonte mais antiga em que teriam trabalhado os canteiros Fernão Anes (1512) e João Gonçalves (1523). Em outubro de 1553, João Lopes tinha a pedra para a obra e três anos depois parte da estrutura estaria concluída, tendo a coluna bojuda a inscrição de 1554. A conclusão da obra, por falecimento do pai, foi feita por João Lopes, Filho.

O chafariz é construído em granito, tendo uma bacia de casal e um tanque de planta circular, assente numa escadaria de quatro degraus. No centro do tanque, sobre um plinto, assenta uma coluna onde se inscreve a data de 1554.

Constitui um dos trabalhos mais representativos da carreira de João Lopes. Ainda que as obras de encanamento se prolongassem bastante, o chafariz em si foi construído num ou dois anos, talvez devido à experiência de João Lopes neste tipo de construção.

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Foi, durante vários séculos, o ponto de abastecimento de água potável da população vianense e, pela sua monumentalidade e localização, uma das referências urbanas do burgo.

O chafariz corresponde a uma construção de arquitetura infraestrutural, maneirista. Representa um chafariz central de tanque de planta circular, formado por lajes exteriormente decoradas com almofadas concavas e denticulado, colunas galbadas ornadas com motivos vegetalistas diferentes e duas taças, também circulares, com várias molduras e friso denticulado, rematado em coruchéu vegetalista, num claro esquema piramidal.

 

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