Editorial

Conter a Inflação
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Jorge VER de Melo

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Esta história da inflação tem tanto de complicada como de desigual.

A economia é uma ciência tão restrita com os valores da matemática como isenta da fundamental ponderação humana.

Segundo o Banco Central Europeu a inflação é vista como:

https://www.ecb.europa.eu/ecb/educational/explainers/tell-me-more/html/what_is_inflation.pt.html

“Aumento geral dos preços. Alguns preços sobem, outros descem. A inflação ocorre quando se verifica um aumento geral dos preços dos bens e serviços, não apenas de artigos específicos. Significa que, com 1 euro, se compra menos hoje do que ontem. Por outras palavras, a inflação reduz o valor da moeda ao longo do tempo.”

Para o cálculo da inflação é ponderado pelo IHPC, o preço de um elevado cabaz de compras por comparação dos mesmos produtos entre os vários países.

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Esta organização tão importante para todos nós, estuda e determina regras que não consideram situações básicas de países menos favorecidos pela boa governação.

Assim, esquecem-se de considerar o nível salarial de Portugal no contexto europeu.

Aqui, a perca de poder de compra pode implicar simplesmente a falência familiar.

Isto acontece porque, devido à precariedade da maioria das famílias, o orçamento é tão limitado que apenas 10 euros podem provocar o desequilíbrio do seu orçamento.

Claro que, evitam mexer nesse assunto porque para isso teriam que incriminar ou considerar incompetentes, uma boa parte dos nossos políticos.

Mas existe ainda outra questão, (entre muitas), “o problema da habitação”.

Claro que o aluguer de casa é considerado embora, como já foi salientado, entre parâmetros salariais totalmente dispares o que denuncia, de certa forma, alguma insensibilidade para o problema de Portugal, entre outros.

Mas a questão da habitação não se resume “apenas” ao aluguer de casa, é também o pagamento das suas prestações ao banco.”

Tornando-se cada vez mais escandalosa tal situação, o BCE afirma:

  • “Na sequência do exame da estratégia de política monetária do BCE, concluído em 2021, o Concelho do BCE decidiu apoiar a inclusão no IHPC dos custos da habitação ocupada pelo proprietário, com vista a que o índice reflita melhor a experiência das pessoas com o aumento dos preços.

A implementação demorará algum tempo. O Eurostat está a trabalhar na inclusão dos custos da habitação ocupada pelo proprietário no IHPC,”

Entretanto, os anos vão passando e as injustiças acontecendo, como todos nos vamos apercebendo.

Algumas famílias acabam vivendo na rua ou em quartos miseráveis porque o BCE não quer interferir nos lucros fabulosos de certos bancos.

Mais perigoso ainda, é o facto de considerarem erradamente uma inflação que prejudica o rendimento familiar de milhões de pessoas.

Será que alguns desses Senhores também estão a usufruir de tais lucros?

Será que o cidadão europeu tem algo a perder com tal rectificação?

Ou será que é demasiado complexo alterar tal malandrice?

Esperemos que os Senhores economistas aprendam a fazer contas e não se esqueçam de considerar no resultado final, os restantes cidadãos.

Mas os nossos políticos aproveitam a oportunidade e acrescentam mais essa ao currículo anterior…

É preciso ter muita falta de bom senso!…

Vamos aguardando com a paciência habitual!…

 

 

 

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