Jorge VER de Melo
Professor Universitário
(Aposentado)
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Um dia chegará o fim da tortura, novo vírus COVID-19.
O mundo está a mudar devido às regras impostas para proteção contra a pandemia, portanto já podemos calcular o que deverá acontecer depois disto passar.
Não tendo que ponderar muito, podemos adiantar que os hábitos estão forçosamente diferentes e isso inclui: o trabalho, a economia, os transportes, o comércio e até a organização de cada dia. Além de entes queridos perdidos, elevada percentagem de desempregados e monstruosa conta para pagar.
Esta situação obrigou o Ser Humano a pensar que existem direitos e deveres perante não só a sociedade, (respeito pelos outros), mas também pela natureza que equilibra este planeta onde vivemos e nos devolve, sem dó nem piedade, todas as agressões que lhe infligimos.
A história é, sem dúvida, a escola dos nossos comportamentos. Como o Homem é um animal de hábitos, estas mudanças a que nos obriga a segurança pessoal, levam-nos a ponderar futuras atitudes. Sabemos também como ele tem a memória curta, esquece muito facilmente as desgraças passadas não corrigindo por vezes, os erros cometidos.
É o decorrer da vida que nos vai debitando as correções e nos leva a outros confortos e prazeres melhor escolhidos e sem afetar aquilo que nos rodeia. Vamos certamente valorizar muito mais a natureza e o exercício físico como obrigatórios à nossa sobrevivência. Viver em ambientes saudáveis passa a ser uma prioridade. Iremos certamente escolher preferencialmente as saídas para apreciação da natureza, dos espetáculos culturais e exposições ao vivo.
Esta angústia do vírus assim como as mudanças repentinas do tempo e das temperaturas levam a que todos necessitem de informação permanente a esse respeito para o sossego mental e prevenção futura. Em termos de saúde pública vão surgir também os hábitos da higiene como sentimento de segurança.
O próprio isolamento ao qual chamamos quarentena, vai-nos habituando e dando tempo para ponderar como viver melhor no futuro pós pandemia. Depois disto, o lar e a família vão passar a ter um lugar mais prioritário no nosso tempo para a vida.
Ficamos temporariamente sem hábitos como: futebol, tricas dos políticos, Centros Comerciais, supermercados e outros grandes ajuntamentos de pessoas. Temos que nos sujeitar!
https://eco.sapo.pt/2020/03/21/mundo-depois-do-covid-19-sao-estas-as-10-tendencias/
Em contrapartida:
– As novas tecnologias oferecem tudo isso sem sair de casa. A comunidade passou a juntar divertimento com comércio num processo de interatividade. Chamam-lhe “shopstreaming”;
– As redes sociais passaram a ser a nossa companhia e as empresas sabendo disso, inventam aplicações para tudo e mais alguma coisa. Além de criarem amizades, educam, divertem e dão assistência à saúde entre outras intervenções úteis. Dão-nos ainda a possibilidade, em muitas profissões, de trabalhar a partir de casa;
– Com tanto tempo passado on-line, o e.commerce vai crescendo exponencialmente e as pessoas sentem a nova sustentabilidade, ou seja, a necessidade de aumentar os seus conhecimentos culturais e profissionais numa troca de informação, soluções e aplicações entre pessoas e empresas, chamam-lhe “open source solutions”. Tudo isto se vai refletir no futuro.
Muita gente irá passar menos horas nos transportes coletivos ou particulares: de casa para o emprego, para as escolas, para os centros comerciais ou para os supermercados pois pode lá chegar via on-line.
Será mesmo este o nosso futuro?