Editorial

“Vamos lá, a mudar isto!”
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Arlinda Rego Magalhães

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Deve ser uma característica da idade, esta minha vontade de ouvir muito bem o que me dizem, para poder avaliar e identificar as pessoas. 

Poderei errar, neste pressuposto de que as palavras ditas, reflectem o pensamento da pessoa.

Mas é exactamente por esta razão, que não entendo que um político, tenha um assessor, para lhe fazer os discursos.

Nós ficámos sempre vinculados, às palavras que dizemos, mas  muito mais ainda às que escrevemos.

E é este processo de vinculação, que me encanta e fascina. Conhecer a pessoa, pela forma como fala, escreve e revela o seu  pensamento.

Aprecio cada ideia, comparação, ironia, brincadeira, sugestão e opinião de um discurso, bem feito, fundamentado e credível.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Penso que foi Gandhi, que comparou a mentira a uma gota de veneno num recipiente de água,  e o resultado desastroso da contaminação provocada.

” Vamos lá, a mudar isto!”

Disse esta frase, um político este fim de semana, num discurso digno de um estadista.

As palavras ditas, com verdade e sem medo derrubam os muros da  da mentira.

Repito, deve ser da idade, mas já não tenho tempo, nem paciência, para ouvir tantas explicações para muitas afirmações, comentários e conclusões erradas, ditas por alguns.  Poupem-me!

Ter a coragem de admitir o erro, pedir desculpa e aceitar a sanção que lhe será atribuída, é uma questão de ética e de responsabilidade.

Ignorar os próprios erros, elaborar estratégias de comunicação social e continuar a não informar o povo português, sobre tudo aquilo que de facto se passou, não são atitudes aceitáveis.

“Vamos lá, a mudar isto!”

Sem dúvida alguma, vamos mudar estes pressupostos que ninguém entende.

Até os intelectuais/ comentadores já perderam as palavras, nas entrelinhas dos ditos populares.

É do nosso interesse económico, avaliar bem estas condições precárias, para avançar com uma mudança eficaz. Não podemos ignorar, o que vemos e ouvimos vezes sem conta.

“Vamos lá, a mudar isto!”

As mudanças devem ser efectuadas, com saber e conhecimento profundo das causas.

Têm de ser feitas, a pensar nas pessoas e não na vontade de ter e querer, estar no poder, pura e simplesmente.

A palavra NÃO tem de ser dita, sempre que for necessário.

E tantas quantas as vezes necessárias, para escolher e implementar as reformas certas, neste país de gente esquecida, atarantada e iludida com as verbas que vêm de fora.

Só tem havido desperdício, na aplicação das verbas.

Têm estado, alguns a canalizar essas ajudas, da forma menos adequada. Porque não se veem as necessidades primárias, atendidas eficazmente. É um país de remedeios.

Temos de saber, exactamente onde é gasto esse dinheiro!

“Vamos lá, a mudar isto!”

Para o bem comum, para o desenvolvimento pessoal, social e económico, deste país tão bonito.

Mas por favor, insistam na Verdade!

Apresentem dados, provas, documentos das verbas gastas.

E para os novos candidatos das legislativas, pede-se o mesmo rigor, relativamente às propostas apresentadas.

O compromisso de um político no poder é para com todas as pessoas!

Para que, na Saúde, na Habitação na Justiça social, na Educação e na Economia, o povo português possa também dizer:

” Vamos lá a mudar isto, para dignificar este país!”

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