“As crianças de hoje são os líderes de amanhã, e a Educação é uma arma muito importante para as preparar para os seus futuros papéis, enquanto líderes de uma comunidade. Se há um apelo que eu faça, é que os jovens chamem a si assegurar que recebem a melhor educação possível para que nos possam representar bem no futuro, enquanto futuros líderes” (Nelson Mandela).
O problema é que a inocência rende-se, não sabe defender-se.
Bem sei que o tempo chega sempre, mas há casos em que não chega a tempo …
Professores, alunos e pais vivem a incerteza e preocupação perante os destinos da Educação. É o futuro de gerações o que está em causa e a solução matreiramente adiantadas pelo anterior Ministro em reuniões com os Sindicatos, foram uma espécie operação de charme através de um diálogo apenas formal, mas que nada de concreto trouxe. Assistiu-se a uma espécie de insensibilidade e ausência de estratégia enquanto plano vindouro que, a meu ver, é consequência do existir a autoconvencida genialidade com laivos de ausência de competência para o cargo, o fundamentalismo teimoso e resiliente, onde escasseiam o carácter e sentido de Servir.
E quando se persiste no erro, já não há tratamento possível…
3 comentários
A cada passo de diz – se que temos a geração mais bem preparada de sempre.
Não é inteiramente verdade.
Academicamente sim, embora haja muita estrada para andar. Muita mesmo.
Porém, há muitos “nem nem”, demasiados ,que vivem a sugar os pais.
Há uma falta enorme de profissionais,em diversas áreas, que a construção civil tem.
Só que não há centros de Formação para dar uma profissão com futuro, e não os obrigarem a andar a passear os livros.
Há idades em que se tem tudo como adquirido na vida e para a vida.
Vêm-se jovens sem rendimentos, que entre vestuário, calçado, adereços, tecnologias e por vezes a “trotinett”, cujo valor destes materiais somado ultrapassa largamente o rendimento médio por trabalhador em Portugal.
A ESCOLA e a EDUCAÇÃO, tal como lhes é apresentada, não lhes interessa. Não será estimulante e não estará a educar para que no dia em que os progenitores falharem, terão necessariamente que ser autossuficientes para pelo menos garantirem o pagamento das contas básicas, como alimentação, água, eletricidade, IMI ou arrendamento e outras de inevitável necessidade de cumprimento. Coisas muito básicas para não passarem à condição de “sem abrigo”.
Desta forma a juventude terá de se consciencializar que um dia terá de ter uma profissão e estar apta a trabalhar, ou seja, produzir, para garantir o emprego e assim o rendimento.
Ideologias à parte, vejo como muito útil o ensino profissional e os cursos técnicos que outrora eram assegurados em Viana do Castelo pela então Escola Secundária de Monserrate.
O empurrar com a barriga dos mais recentes anos vai ter custos no tempo, nalguns casos para lá da nossa existência.
Será que chegará o dia em que os lugares de base na área regulada pelo regime do trabalho em funções públicas serão ocupados por licenciados, cuja licenciatura não terá a empregabilidade que seria espectável pelo seu seguidor, embora com a categoria de base do tipo “assistente operacional” e assim com a adoração, a bajulação e a subserviência necessárias lá conseguirão obter a categoria de “técnico superior”.
Afinal algo não irá bem após a obtenção de formação, que não se ajustará às necessidades das empresas e da própria administração pública.