Editorial

EQUIPA QUE GANHA NÃO SE MEXE! MAS NÃO NAS TVs PORTUGUESAS…
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Manso Preto

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Vanessa Reitor

Jornalista / Directora Adjunta

A nossa TV está a sofrer grandes alterações. A mobilidade tem estado na ordem do dia e as audiências sofrem altos e baixos. Descompensações e – nalguns casos – sanções, tanto para as estações televisivas, como para as figuras que as compõem. A TVI, pelo que os eepecialistas em números afirmam, está a perder a percentagem de share, não só no horário matinal, mas ao longo de todas as emissões. Por sua parte a SIC, tem vindo a ser a estação imbatível, mas também com algumas irregularidades em termos de percentagens.

A aquisição da Cristina Ferreira foi um golão televisivo, e ela própria – sem se aperceber – tem feito com que os seus homólogos (concorrentes) reestruturem – quase até a maneira como dizem os “bons dias”….não vá ser que um tom mais amargo de voz os leve a perder ainda mais percentagens!

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

E assim, assistimos ao declive total das estações, pela luta das audiências. Estratégias do desnorte que devem em ajustes, reformas, cortes, reestruturações (até parece que falámos do governo!) que não têm como fim último a procura de mais qualidade nos conteúdos, mas sim uma luta voraz de egos e superegos onde, ao que parece, pouco importa se a fórmula de X ou Y programa funcionou até agora. O que interessa é mexer nas peças para tentar encontrar uma jogada estratégica que possa, eventualmente, “rebentar” com o opositor. E assim, se perdem filiações, histórias, imagens, referências e personagens muito experientes!

Desde sempre ouvimos dizer que equipa que ganha, não se mexe! Por muito difícil e controversa que seja a situação… Aquilo que está bem, deve continuar, mas parece que este lema só faz sentido nos mortais mais comuns porque, para aqueles que têm a responsabilidade de gerir as televisões só os algarismos, índices e gráficos é que contam. E assim, ainda quando – por vezes – as produtoras dos programas são as mesmas, indistintamente das estações televisivas, as lutas desmotivam e afastam aqueles que realmente têm conhecimento, experiência, que demonstraram há já alguns anos que conseguem manter audiências, e mais do que isso,  aumentá-las e fidelizá-las.

Mas – infelizmente para o público – estas trocas e baldrocas na TV portuguesa irão continuar! Mexidas nas grelhas informativas, nos conteúdos dos programas matutinas e vespertinos. Novos rostos, novos formatos – tudo pela luta dos números!

Escutai, meu povo, escutai, que é isso aquilo que vós sóis, números! E quando deixarem de ser importantes para atingir o (mega) sucesso, sereis substituídos porque assim manda a lei da selva!

É a luta pela sobrevivência!

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