Editorial

A Seca
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Arlinda Rego Magalhães

Uma realidade inconveniente para alguns e um sofrimento atroz para muitos. É um pesadelo constante, que parece imutável, e é da responsabilidade de Todos.

Sempre que não cuidarmos do nosso meio envolvente de forma adequada, estamos a destruir vida.
Investir na limpeza das matas e bermas das estradas é fundamental.
A prioridade das freguesias é sempre, o bem estar dos seus concidadãos. Para isso deve fazer apostas certas, nos cuidados de saúde primários, no cuidado adequado do seu espaço agrícola, florestal, habitacional e rodoviário.
Cuidar fazendo reciclagem, compostagem e privilegiar os espaços verdes. Apoiar culturas e plantações, biológicas e sustentáveis. Apostar na vegetação autóctone e na sua diversidade.
Garantir que independentemente de todos os riscos latentes, devido às mudanças bruscas de temperatura e humidade, tudo terá sido feito, de modo a minimizar, esses mesmos factores de risco.
É a atitude que os jovens esperam da nossa geração. Uma atitude de responsabilidade competência e comprometimento com o ser humano e a natureza.
Aproveitar todas as áreas abandonadas, ou outras, para fazer a retenção da água das chuvas e dos regatos e ribeiros que descem os montes.
É tudo, uma questão de oportunidade e bom senso. Pensemos em D.Dinis, no trabalho que ele desenvolveu, pensando, nas condições físicas e climatéricas daquelas zonas. Apesar dos fogos continua a ser a opção mais válida e protectora para os habitantes locais.
Trabalhar no presente, de forma concertada,pensando nos benefícios a longo prazo, é o compromisso correcto.
Custa-me entender, algumas obras para “remediar” temporariamente as situações. Deviam ser promovidas plantações de árvores, arbustos, plantas, flores etc. pelas crianças e pessoas de mais idade.
Fizeram-se algumas barragens que neste momento, estão quase sem água.
Não sei, até que ponto, é que fazer lagos, pequenas lagoas, ou reter a água em tanques de pedra, perto das várias habitações não seria mais proveitoso.
Procurar água com uma varinha, alguns devem lembrar-se. Eu assisti por duas vezes, é absolutamente incrível. Chamava-se o ( Vedor), e a prospecção de água, não era só procurar água num terreno. A radiestesia trata de saber qual o lugar mais favorável para abrir um furo. O radiestesista teria de saber descobrir veios de água de preferência onde eles se cruzam. Durante muitos anos, quase todas as pessoas tentavam ter um poço na sua área de residência. Essa água era para consumo do próprio e para regar. Até se tirava a água, através de bombas manuais ou eléctricas. A água era analisada com alguma frequência, para se verificar se estava boa para consumo. Eu ainda conheço fontes, cuja água nasce nos montes e que à beira da estrada fazem as delícias, dos que por lá passam e a bebem e levam para casa.
Por falar em água também me lembro das águas partilhadas por vários terrenos de cultivo, respeitando dias e horas. O que é feito desses tipos de rega?
As águas que descem pelos montes, não são aproveitadas?

1 comentário

  1. O país está ao abandono. Basta ver as margens das estradas, ruas ou caminhos, por onde andamos, para se aferir os cuidados preventivos que têm.
    Plantar árvores é bom mas não é o suficiente.
    É bonito para a foto ou a notícia e, na enorme maioria dos casos, fica por aí.
    É preciso cuidá- las, para que não vejamos o que acontece no monte de Dem, junto à A 28. Depois da plantação, nunca mais quiseram saber das árvores. Só se vêem as estacas.
    Para além do investimento perdido, passa a mensagem de negligência, descuido e puro desperdício dos dinheiros públicos.

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