Editorial

HERÓIS DO ULTRAMAR
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Manso Preto

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A Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira onde orgulhosamente eu nasci, resolveu substituir a estátua/monumento que visa homenagear todos os filhos da terra que perderam as vidas em serviço militar nas antigas ex-Colónias portuguesas.

Em seu lugar colocaram uma mulher, talvez simbolizando as viúvas e mães que, por razões que lhes foram alheias, viram ‘partir’ precocemente os seus entes queridos. Até a lápide com os nomes dos desafortunados combatentes, desapareceu …

Heróis, para todos os efeitos!

 

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Entregaram-se e deixaram-nos pela sua Pátria, muitos deles sem perceberem das razões mas a quem não restavam alternativas.

Este ano, uma vez mais, a cerimónia teve lugar mas, segundo me confidenciaram, o desconforto, revolta e incompreensão estavam nas mentes dos  antigos  companheiros de armas que ali se deslocaram. Afinal, o que se pretendia homenagear? Os heróis, os falecidos ou as mulheres que, certamente nos merecem todo o respeito mas que, se calhar, também elas não se revêem na nova escultura? Ainda por cima na conhecida ‘Vila das Artes’!…

Falamos de portugueses que, independentemente do percurso da História, do regime político de então, das obrigações que lhes estavam impostas, das suas próprias convicções ou até das suas personalidades (algumas delas polémicas), demonstraram uma invulgar capacidade de coragem e sacrifício debaixo de fogo e uma determinação inabalável perante a adversidade e o terror que só uma guerra consegue abalar nas suas consciências.

A entrega das suas próprias vidas, muitas vezes para salvar as dos camaradas, na bravura com que defenderam a Pátria, deviam merecer de todos um maior respeito.

A História não se apaga, por muito que se derrubem os seus símbolos!

O contrário é humilhação e há muitas formas de a conseguir …

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