Jorge VER de Melo
Consultor de Comunicação
Existe muita gente que se formou aos vinte e um anos, mas dez, quinze ou vinte anos depois ainda não tinha arranjado emprego. Em contrapartida existem licenciados que começaram os seus cursos bem mais tarde e arranjaram imediatamente emprego.
Há alunos com dezoito anos que se apaixonaram por uma profissão, sem ter frequentado a Universidade e são profissionais de sucesso.
Alguns arranjaram logo emprego mal acabaram o curso, conseguindo até uma boa remuneração, mas odeiam o seu trabalho porque não se sentem realizados ou enganaram-se na escolha da profissão.
Antes de terminar o secundário, até ao nono ano, os alunos têm que escolher o que pretendem ser profissionalmente e por isso o que devem estudar a partir do décimo ano até ao décimo segundo. Isto porque para se poderem habilitar às Universidades ou aos Cursos Profissionais, têm que possuir determinada preparação académica que lhes dá a oportunidade de se proporem à admissão em qualquer curso escolhido pelo aluno.
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Consideramos tudo isto “uma precipitação”.
Claro que existem possibilidades de estudar mais ou menos anos ou de começar o curso mais cedo, a partir do sétimo ou depois do nono ano. São mais específicos em conteúdos e por isso mais acessíveis a alunos possuidores de menores qualificações clássicas.
Para a Universidade eles seguem vulgarmente com o décimo segundo ano ou depois da especialização num curso profissional que lhes dá a equivalência a esse grau académico. Tudo isto depende da carga e dos conteúdos disciplinares necessários para o que pretendem frequentar a nível superior.
Estamos a falar da vida futura de crianças que em princípio, nestas idades, apenas pretendem brincar e gozar a vida o melhor possível.
Quer isto dizer que após a entrada no curso, num prazo entre três a seis anos, estão preparados para participar no mundo do trabalho começando assim as suas carreiras profissionais. Conforme a postura perante o mercado, poderão iniciar nas empresas mais importantes do mundo, numa pequena ou média empresa ou até aventurando-se numa micro empresa como patrão de si próprio.
Depois, com mais segurança, pensam certamente em: casar, comprar a sua casa e ter filhos. Por volta dos trinta anos estarão preparados para a vida que nos nossos dias não é tão segura nem tão próxima das origens como noutros tempos.
É devido a essa posição atual do mercado de trabalho e da própria vida que toda esta sequência pode falhar.
Surgiu há alguns anos, em países mais evoluídos, uma nova forma de preparação para a vida. Depois da formação académica ou no meio desta, os indivíduos vão viajar pelo mundo para conhecer pessoas, locais, profissões e formas de viver. Aprendem “in loco” o que é o mundo da vida e não apenas o do local onde estão habituados a viver.
Assim adquirem uma experiência que os prepara para todo o tipo de lutas e aprendem fundamentalmente que nada vem ter com eles. São os próprios que criam os seus objetivos, passam a ser sensíveis às dificuldades e com a experiência de vida adquirida, conseguem encontrar a sua profissão e ultrapassar os obstáculos com muito mais facilidade.
Uma grande percentagem dos estudantes escolhem demasiado cedo o que fazer no futuro. Quando acabam a formatura, muitos verificam que não é aquilo que pretendem para a sua vida.
Assim como há pessoas que têm filhos e não são casados. Outros tiveram que esperar uma dezena de anos ou mais para terem condições de vida e poderem criar família. Existem também aqueles que vivem com determinada pessoa mas amam outra. Outros amam-se mas não vivem juntos ou pouco tempo conseguem viver em comum. As dificuldades económicas, a emigração ou a própria profissão assim o exigem.
Ou seja, tudo acontece na vida de acordo com a nossa disponibilidade e conforme a disponibilidade que o tempo da vida nos concede. Temos que ser pacientes, muita gente famosa começou por baixo e só depois de alguns anos encontraram o seu caminho do êxito.
Dois exemplos:
J. K. Rowling foi rejeitada por 12 editoras até conseguir publicar Harry Potter com 32 anos;
Morgan Freeman apenas se tornou realmente notado aos 52 anos.
Atingir o topo de uma profissão ou conseguir uma licenciatura mesmo que tardia, continua a ser a grande conquista.
Não estar casado com mais de trinta anos, mas ser feliz, continua a ser maravilhoso.
Começar uma família depois dos quarenta ou dos cinquenta anos de idade continua a ser uma boa opção até porque manter-se solitário é sobretudo perigoso e pouco Humano.
Não se deixem influenciar pela forma de pensar de outros, eles têm o seu tempo na sua vida e vocês têm o vosso.
Como afirmou Einstein: “Nem tudo o que conta pode ser contado, nem tudo que é contado conta verdadeiramente.”
A vida tem que possuir um significado com muitos propósitos que vos encham o ego. Aprendam a criar impacto e diferença na vida da humanidade. Isso chama-se sucesso.
Por vezes podemos pensar que determinado amigo vive melhor que nós, mas é um engano, na generalidade dos casos eles vivem num ritmo de vida que não vos interessa e por isso não existe situação económica que pague a felicidade de podermos fazer aquilo de que gostamos dentro do tempo que disponibilizamos para isso porque o resto é para a família, para o laser e para nós próprios.
Será que somos o motor da nossa própria felicidade?
Não esqueçam! A sorte dá muito trabalho…