Manso Preto
Director / Editor
‘Cheira-me’ a que as próximas eleições autárquicas no concelho de Viana do Castelo vão ser mais um exemplo – mau, por sinal – do que apregoam os políticos: a proximidade entre eleitores e eleitos, o sentido elevado de SERVIR em vez de se servir.
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Pôr os negócios e estratégias de grupo alheados do que é essencial para a região (e nisto incluo a cidade e freguesias rurais). Mas o que mais temo é que os cabeças das listas, impostos pelas oligarquias partidárias, sejam pessoas que não nasceram em Viana, nunca viveram Viana, nunca sentiram o berço do que é aqui ter nascido…
Não seria a primeira vez que, face à falta de comparência, por desinteresse ou outras razões de pessoas capazes – que as há em Viana -, em aceitarem ser sufragados como alternativas a candidaturas perdedoras que avaliam a simpatia e mobilização do eleitorado pelos likes que vão caindo nas suas páginas nas redes sociais…
Recordo, com ironia e sempre com umas boas gargalhadas, uma entrevista que há uns anos li em que o jornalista perguntava a um jovem que se apresentava político o que o ligava a Caminha e se conhecia as suas carências para encabeçar uma lista, não sendo ele dali. A resposta, tão pronta como surpreendente, foi de que «todos os anos passava um mês de férias a surfar em Moledo»!…
Com um Skate Park acabadinho de construir há dias em Viana, por ventura pronto para o significativo período de pleno confinamento, não haverá por esse país fora um político disposto a por lá dar os seus primeiros tombos, perante os olhares brilhantes dos respeitáveis membros da Comissão Política Concelhia, logo entusiasmados para se autoproporem e serem os seguintes na lista, com a mesma facilidade e bonomia com que, com água na boca, se enchem chouriços?!!!
