Editorial

Para pior já basta assim!
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Manso Preto

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Lamentavelmente, por vezes presenciamos acontecimentos onde sobressai uma profunda crise moral com largos prejuízos para a credibilidade política.

Assiste-se à subversão de valores éticos e, ao mesmo tempo, a uma indigente indiferença enquanto representantes de quem neles votaram. Surgem agentes de desvios que levam a situações danosas. Perde-se a credibilidade política e fica-se sequestrado por troca de favores, promessas, e-mails, simples telefonemas.

A crise de confiança numa solução exige união. Mas, muitas vezes, ao invés, acumulam-se puxões de tapete, relatos sobre diálogos ríspidos e acusações de falta de lealdade – lealdade esta por quem só a entende e aceita com militante fidelidade canina e abanar de cabeças perante o(s) ‘criador(es)’ do facto político.

O que se destaca nisso tudo é a deterioração política ao mais baixo nível, em troca da política de sobrevivência. O ódio, a oposição cega e doentia, a disputa onde vale tudo, o boato rasteiro, a intriga, não raras vezes mais visíveis dentro do próprio partido que com os outros, os tais que são tidos como adversários de diferentes quadrantes ideológicos. Companheiros ou camaradas destes, não precisam de inimigos de tal quilate que há muito saltaram a fronteira da sanidade mental e estão muito, mas muito além de adversários partidários…

Aquilo que não se conseguiu nas urnas de voto, a sobrevivência política, a credibilidade, com os olhos em novas candidaturas, tenta-se armadilhando o caminho dos seus companheiros que, bem ou mal, com maior ou menor visibilidade, tentam recuperar o tempo perdido.

Assiste-se ao lado sombrio da política onde se submeteu tudo a si.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Decisões a pensar mais no ego que no interesse da comunidade, o alavancar de suspeitas contra os os outrora amigos transformados em alvos certeiros a abater, a política no que de mais maquiavélico pode ter e servir, a falta de decoro, a ausência de referências, a chafurdice e a irracionalidade a crescer sabe-se lá até que limites, o crescimento insano do que a partidocracia tem de pior e mais obscuro, o protagonismo primitivo dos inconfessáveis aspirantes a serem venerados e por todos cumprimentados num misto de deferência e hipocrisia  – tudo isso a todos convoca num exercício de reflexão.

O populismo, o ‘porreirismo’, o sorriso fácil como culto para ‘maquilhar’ uma imagem criada nas redes sociais com posts a que se seguem em catadupa os muitos likes dos subservientes ou de quem ambicione e bajule interesseiramente essa proximidade (porque um dia podem precisar de uma ‘cunha’), muitas vezes alicerçadas estapafurdiamente perante o suposto glamour de uma selfie ao lado do líder…

Onde confrangedoramente vivemos tempos em que falta ideologia e ética, que se pode esperar?!!!

E o que ensombra ainda mais é que esta é a gente que se propõe governar-nos!…

 

 

7 comentários

  1. Corajoso, atento, factual, atual.
    Retrato Queirosiano.

    Parabéns e que o dom e a atenção se mantenham por muitos e muitos anos ao Senhor diretor deste jornal.
    Bem haja.

    1. É urgente que comprem o MC.
      Comprei 1 na Feira de velharias, em Joane, que ofereci ao autor.
      Soube da venda de outro exemplar no alfarrabista, à entrada do Eleclerc de Famalicão.
      Quando teremos Manso Preto num diário, pois já está num semanário, tal e qual.
      Força JORNALISTA INTERNACIONAL GALARDOADO.

    2. Exmo. Senhor Rocha,
      Concordo.
      Manso Preto merece mais.
      MD, o melhor digital de terras lusas.
      Escreve no Xornal… e no T&q.
      Num diário, …, quando.
      JN, Público, DN.
      Dire(c)tores, Conhecem o MP? Foi do OPJ, OCP e …

  2. O Vianense venceu, em Canelas, por 3-1
    Honrem o passado de Desidério e mais …
    Força.
    A luta, pela permanência é dura!
    Manso Preto oferece um exemplar, da nova edição do MC, ao treinador, se a manutenção se concretizar?
    Verdade? Director..

  3. Estou cansado de umas vezes escrever com um nome, e depois com outro, vou assinar, Telmo.
    Minho Connection.
    Quem o teve, não esquece, quem o escreveu.
    Não vale a pena se a alma for pequena.
    Pesssoa, ao contrário.
    Preciso de não comprar livros.
    Sou um amante dos livros.
    Não penso no dispêndio com mais um, se lhe achar valor.
    Estou a proibir-me de comprar tudo, o impresso.
    Ler é preciso.
    Antes, escrever.
    50 dele.
    Não.
    E o do tão elogiado, que está na livraria do Minho. Não compro.
    Não é pelo custo.
    Não me deixo comprar. Espaço para mais dois.
    Hoje bi comprei Camões m, relíquia anotada, manuscrita, e para criança.
    500 em dia 10 de Junho.
    Fico por aqui, teso.

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