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Um ‘Flop’ chamado EDP Vilar de Mouros 2018

O arranque do EDP Vilar de Mouros ficou a cargo de bandas nascidas nos finais de 1970. Além de Peter Murphy e dos Pretenders, houve os PiL num concerto sóbrio, mas pouco entusiasmante.

Foi mais uma edição do EDP Vilar de Mouros, a terceira consecutiva deste último regresso após uma longa pausa, um regresso que confirma a necessidade de oferta para um público mais maduro. Um Festival que já não tem a mesma vitalidade, a organização, nem a mesma irreverência de outros tempos, a mil anos/luz do que anualmente ocorre em Paredes de Coura.

Grande parte do público presente no primeiro dia do festival já era nascido na primeira edição sob a responsabilidade do ‘pai’: Dr. António Barge!

Apresentado este cenário, nota-se que Vilar de Mouros é diferente de todos os outros festivais de Verão. A diferença está na média de idades dos festivaleiros, provavelmente a mais elevada dos concertos da época. E isto tem a ver com o cartaz!

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 “Temos a sensação de que é um festival para cotas”, disse-nos um jovem que “esperava outra onda”! A prova disso é que não há lugar no recinto para congestionamentos. Aproximar-se da ‘boca’ do único palco é fácil e mal se abrem as suas portas para as entradas dos músicos, à falta de entusiasmo, pelo menos ouvem-se aplausos ora ali ou acolá.

Longe vai o tempo em que a pitoresca aldeia ficava cheia de gente, entre festivaleiros e curiosos. Na praia fluvial, junto à azenha, não se apercebe se os que procuram refrescar-se nas águas do rio Coura estão ali para isso, se para o festival ou são simples veraneantes alheios ao Festival.

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Em poucos minutos são atendidos aqueles que se procuram abastecer no supermercado ou tomar um refresco no café, ao contrário de há uns anos atrás em que era um suplício. Isto diz tudo – ou quase tudo – da adesão, principalmente no primeiro dia em que mesmo no recinto eram muitas as ‘manchas’ sem ninguém.

Só à noite, após as actuações das bandas portuguesas Cavaliers of Fun e Plastic People é que o local teve mais gente, embora longe, muito longe de estar cheio! Isto, apesar da organização esperar este ano 30 mil pessoas por dia. Se estivesse um terço neste primeiro dia, já não seria mau, que no entanto apreciou as prestações dos Pretenders e Peter Murphy. Seguiram-se as actuações esperadas com expectativa de Johnny ‘Rotten’ Lydon que com os Sex Pistols criou o estilo Punk em finais dos anos 70, com prestações normais e sem entusiasmarem o público.

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Já de madrugada, com o vocalista e o baixista, os Bauhaus apresentavam-se apenas com metade da banda.

O dia seguinte não foi muito diferente: sem ‘chama’, uma sombra do Festival de Paredes de Coura, valendo ao menos as barracas de petiscos embora com preços demasiado especulativos para um evento desta natureza.

O EDP Vilar de Mouros despediu-se com os cabeças de cartaz John Cale, James e dEUS, Luís Severo , Los Lobos e Crystal Fighters.

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O Festival de Vilar de Mouros continua a viver da sua Lenda que só os dessa geração recordam e ainda insistem em acreditar que vale a pena lá ir, porque os mais novos, desiludidos, desabafam. “Na primeira qualquer um cai; na segunda só cai quem quer!…”

 

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