Um povo chamado Lusitano!

Este povo lusitano, habitava na Península Ibérica com outros povos os Iberos, os Celtas e os Celtiberos.

Os lusitanos ocupavam a região ocidental, que seria já Portugal. Será esta a primeira identidade cultural dos Lusos.

Outros povos se instalaram cá, os Gregos, os Fenícios e os Cartagineses, mas nunca dominaram os Lusos que mantiveram a sua autonomia.

Mas no 3 a.C fomos dominados pelos Romanos e o nosso nome passou a ser Hispânia.

Viriato foi o nosso herói, no século 2 a.C e lutou contra os Romanos. Mas com o imperador Romano. Otavio Augusto, que acabou por ganhar a guerra passámos a chamar-nos Lusitânia.

As heranças romanas foram a imposição da língua latina, da legislação e da religião cristã.

A língua portuguesa surgiu da mistura da língua lusitana com o latim vulgar, o latim falado.

Depois nos séculos IV e V, fomos invadidos pelos suevos, alamanos, vândalos e visigodos (povos germanos). Que mudaram a organização política e económica, mas não a nossa cultura, e adoptaram o latim e a religião cristã.

No séc VIII vieram os árabes e mandaram numa parte da península através do Império Muçulmano.

Mas os Lusitanos continuaram a falar a língua local, usando poucas palavras árabes.

A língua escrita era em latim culto, usada em documentos oficiais, na Igreja, Literatura e Ciência.

Só no SÉC XIII Portugal como reino independente, usou pela primeira vez a língua falada nos documentos oficiais.

Surgiu assim a língua portuguesa, e formou- se a identidade, do Reino Lusitano.

Até parece que foi fácil, mas o nosso actual país resistiu a muitos atentados contra a sua identidade e autonomia.

A nossa origem e identidade, foi defendida com coragem ousadia e oração!

A história do povo Lusitano, é feita de verdadeiras vitórias, ao longo dos séculos.

É um país pequeno, mas que se fez grande ao expandir-se por esse mar.

Descobriu outros países e povos e estabeleceu rotas de comércio, feitorias e colónias na Ásia, África e América. Levou cultura, produtos, bens e evangelizou estas terras.

Fomos os descobridores de outras paragens!

Por isso também temos nos olhos o brilho do mar, e da luz que ele reflecte.

Portugal é um país muito bonito, de gente boa, corajosa, amável, alegre e muito inteligente.

A nossa origem confirma essa condição de autonomia, e confiança naquilo que é português.

É por isso que muitos de nós não entendemos, esta subserviência, estas dívidas astronómicas de uma má gestão financeira, estes decretos de ” favores” ora a uns, depois a outros.

O que é que nos aconteceu?

Tornámos- nos corruptos, gananciosos, cobardes, vaidosos? Os bobos da corte europeia, e sobretudo envergonhados, porque somos sistematicamente inferiorizados.

Além disso também somos, demasiado permeáveis a tudo o que vem de fora.

Onde ficou o nosso orgulho patriótico?

Nas lágrimas da selecção de futebol, nos atletas medalhados, nos nossos pintores e poetas?

Ser-se patriótico é uma afirmação positiva, negativa ou ainda com conotações Salazaristas?

Eu sou patriótica, porque considero Portugal a minha pátria, o português a minha língua e a portugalidade a minha identidade.

O que é que esta afirmação, tem de carga política de direita, de esquerda ou de coisa nenhuma?

É urgente sermos de novo corajosos, inovadores, não ter medo das palavras, defendê-las no seu legado e no seu significado prático e objectivo.

Vamos ter a ousadia de reconstruir este país, ocupar de forma qualificada o ” interior ” do país e outras zonas desertificadas.

Já pensaram que os árabes podem pensar em repovoar o nosso país.

Afinal nós não gostamos de nós, só gostamos dos outros, dos de fora.

Não sei qual a razão exacta, mas apetece-me gritar muito alto aos políticos deste país:

– Meus senhores não brinquem em serviço! Ficam tão patéticos na televisão que até dá vontade de chorar.