Jorge Melo
Consultor de Comunicação
“… Não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda,” afirma acerca das dívidas dos países do sul da europa, o Ministro holandês das Finanças e também Presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.
É vergonhoso e chocante, discriminatório contra os países do sul da europa, diz Gianni Pittella, líder da bancada do grupo dos Socialistas Europeus no Parlamento Europeu ao exigir a demissão de Jeroen.
Este senhor devia ser condenado a viver um ano com o nosso ordenado mínimo nacional para sentir na pele como é possível sobrar esse tal dinheiro para as mulheres e para o álcool a que ele se refere.
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Seria bom alguém lhe lembrar também que o dinheiro que temos andado a pedir ao Eurogrupo tem servido, não para aquilo que ele afirma, mas sim, entre outras questões importantes, para pagar os juros das dívidas arranjadas pelos bancos e provocadas, em grande percentagem, pela crise imposta durante a “boa gestão” da União Europeia com a Troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
Pelos vistos a situação de Dijsselbloem na Holanda também está fragilizada já que os recentes resultados eleitorais do seu partido PvdA numa coligação com o VVD (centro direita) reduziram o número de deputados de 38 para 9. A justiça pode tardar, mas é certa!
Para já parece que o nosso 1º Ministro António Costa apoia a existência de uma mudança rápida na liderança das finanças da zona euro e na presidência do Eurogrupo para configurar um novo e mais saudável fator de união entre todos os países agregados.
Jeren Dijsselbloem para justificar o que afirmou, deu como exemplo cidadãos de Portugal, Espanha, Itália e Grécia que vão à Holanda, ao bairro “Red Light District”, torrar dinheiro em marijuana, álcool e mulheres, nas inúmeras “coffe shops” desta zona. Salvaguarda elogiando que, pelo contrário, os empresários milionários portugueses não gastam tudo e ainda depositam fortunas na Holanda.
Ora aí estão “sérios e bons” exemplos!!! Será possível vermos os tesos dos portugueses a terem dinheiro para essas coisas? Na realidade trata-se de um bairro inteiro onde é feito comércio sexual legalizado para exploração turística. Estamos todos a ver o vulgar cidadão português com dinheiro para fazer turismo no estrangeiro e ainda estragá-lo nesse local?
Mas vangloria-se dos nossos milionários andarem a depositar o seu dinheiro, (ganho aos portugueses e em Portugal), na Holanda, como se isso não fosse também uma forte razão para justificar a frágil situação económica do nosso país. Uma pessoa normal teria vergonha de falar em tais assuntos porque está a classificar muito mal o seu próprio país.
Este homem não é deste planeta ou, como o ex-primeiro-ministro da Suécia, Carl Bildt disse do Presidente Trump, o que é que ele fumou?
Como veem, estamos a ser governados por seres humanos cegos pelo dinheiro, de forma tão exagerada que os leva a ter atitudes desumanas e ignorantes como esta. Digo ignorantes porque o homem ignora totalmente como vive um normal cidadão português, para dizer tanto disparate!
JM