Editorial

O QUE TEM A VER O PRÉDIO COUTINHO COM OS MORADORES DA MEADELA?
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Manso Preto

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Manso Preto

Director / Editor

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Tudo e… nada! Isso mesmo!

Já há muito que me habituei a sorrir, com pena e um encolher de ombros, a algumas situações que envolvem as autarquias, uma plêiade de políticos a contas com a Justiça, financiamentos suspeitos, a descoberta de corredores por onde se esvai o dinheiro dos contribuintes até à escandalosa atribuição de prémios pecuniários chorudos e anuais a gestores de empresas que dão permanentes prejuízos. Em suma, como diz a insuspeita Maria José Morgado, “a corrupção atingiu o limite vermelho”. Outros casos há de abusos de poder. Vamos a factos, locais, como um paradigma do que acontecerá por esse país fora…

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Enquanto o Prédio Coutinho foi contruído legalmente e era propriedade privada, a Câmara Municipal e a Vianapolis – qual tiranos! , sem avisar os proprietários, colocaram a PSP e uma empresa de Segurança à porta e, cortou a luz, a água, o gás, impediam a entrada de pessoas ao edifício e quem saísse já não podia entrar. Os moradores, todos idosos, recebiam alimentação e medicamentos do exterior descendo uma corda a que era atado o embrulho e içado. Todo um cenário lamentável, triste, em nome do alegado ‘interesse público’

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Na Meadela, uma empresa transportadora ocupa há mais de um ano um terreno, considerado reserva agrícola, com uma frota de mais de 100 trailers que ali são lavados com produtos químicos e alvos de manutenções. Os camiões por ali circulam 24 horas por dia, potentes luzes são ligadas, a poeira invade as casas dos moradores das redondezas, o descanso para quem tem de trabalhar no dia seguinte ou está doente, não existe.

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Alertadas as entidades ligadas ao Ambiente e a Câmara Municipal, esta última confirmou que os ‘okupas’ do referido estaleiro (tal como apelidava com desaforo o presidente aos moradores do prédio Coutinho), bem como o vereador Luís Nobre, reconheceram em Assembleia Municipal que os pobres moradores estavam cheios de razão. Mais: confirmaram que os terrenos estavam classificados, e como tal teoricamente protegidos e, para acalmar os ânimos, entregaram um documento enviado à empresa anunciando que até ao dia 12 de agosto tinha de sair, sob pena de ordem de despejo, ao abrigo da legislação que identificavam.

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Passados 15 dias, a situação está na mesma e Luís Nobre e seus colegas de partido afirmam, agora, que esse documento foi um mero acto administrativo, logo, no entender deles, não tem força legal.

Isto é surreal e comportamentos destes exigem outros tipos de tratamentos, não só a nível político, mas também à luz da psicologia e carácter comportamental.

Mas o que também se estranha, sendo este ‘caso’ largamente noticiado na comunicação social, o Ministério Público que tantas vezes intervém sob o argumento do ‘alarme social’, pareça assobiar para o ar, aparentemente desviando o olhar da Balança da Justiça, neste caso claramente desiquilibrada…

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