“Correu mal” uma pequena ação de florestação na encosta da Várzea (Soajo). Das cerca de oitenta árvores plantadas no passado dia 21 de abril, entre carvalhos, bidoeiros, abetos e castanheiros, “cerca de trinta foram arrancadas [por desconhecidos]” no dia seguinte, segundo uma fonte dos Sapadores afetos aos Baldios. A vedação lá montada, para impedir a entrada de gado errante, foi removida e retorcida, sobretudo na sua base inferior.
“Numa altura em que se aproximam as eleições para os Baldios [7 de maio], este ato de maldade é uma vergonha”, denuncia a presidente do Conselho Diretivo dos Baldios da Freguesia de Soajo, Cristina Martinho, que promete apresentar queixa-crime contra desconhecidos e dar conhecimento desta ocorrência ao ICNF, que cedeu as árvores, algumas das quais, após este ato de selvajaria, acabaram enredadas na vedação.
A maioria das plantas extirpadas encontrava-se na linha das estacas que amarra(va)m a vedação ao solo. À margem deste crime contra o património, que é de todos, também a deposição de lixo (sacos, garrafas, latas…), nas cercanias desta mancha, vem reforçar o clima de revolta que se vive no território, que é o “pulmão” do (único) Parque Nacional.
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Espigueiros ao abandono
É impossível não reparar no património que está em ruínas… O aglomerado de espigueiros que embeleza(va) o núcleo rural da Várzea – em redor de paisagens que mais parecem saídas de um bilhete-postal – está a ficar bastante descaracterizado.
PUBSe nada for feito para preservar os espigueiros, corre-se o risco de ver desaparecer este valioso património, algo que está a acontecer noutros lugares, nomeadamente em Vilar de Suente (Soajo).
De referir que, há escassos meses, estas construções ancestrais da Várzea, sem o estatuto de património classificado, se encontravam cobertas de mato, entretanto removido.
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