VAMOS DANÇAR O VIRA: Alto Minho em Festa nas Tardes de Domingo (com vídeo)

Acontece um pouco por todo o Alto Minho. São as tradicionais danças, ao som estridente das concertinas. Com ajuntamentos de gente, nas cantigas e nas rusgas populares. Vindas de perto e de bem longe. Para “botar um pezinho de dança”, tão grande é a saudade, vivida e sentida em tempos que já lá vão, que já foram, mas que agora voltam, de forma espontânea.

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Tudo terá começado, quando um tocador da concertina se divertia sozinho, num local onde até os corvos gostavam de ouvir aquele toque; ora de uma cana verde e/ou de um vira. De facto o rio Vez e as suas margens, o Campo do Trasladário, em Arcos de Valdevez é propício ao exercício de largas rodas de dança, de cor, de folia popular.

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O amigo José Monteiro, exímio tocador do acordeão diatónico, tem muitas histórias para contar. E assegura ter sido ele “o fósforo” desta fogueira que se alastrou depois, a outras paragens como, Ponte da Barca, designada por “capital do vira”, Monção e Valença, Ponte de Lima, Barcelos, Braga… É um fenómeno social que ganhou forma e adeptos. Tonou-se “num vício”, afirmou a dona Angelina que não falha o encontro com a tradição. Infelizmente veio a pandemia que, como em tudo, travou o ímpeto, impediu uma natural continuidade da diversão em grupo. Houve uma tímida retoma, ainda sob regras estipuladas, tanta é a vontade de saltar para a roda!

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As tardes de domingo, não são programadas! A sua força e razão de ser, assenta no carácter espontâneo que sempre tiveram. Ninguém fica de fora. Há sempre alguém para completar mais um par. Num rodopiar apetecido, ora de uma cana verde, para depois ser dançado um vira. Porque a chula e o malhão, também fazem parte do alargado reportório das melodias populares e do folclore minhoto.

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Estes encontros permitem ainda, uma sadia convivência, partilha e amizade. Travam-se novos conhecimentos, descobrem-se outras experiências. Faz-se a festa, trazendo à memória vivências antigas, com emoção e saudade. É uma  forma saudável de passar bem o tempo, num aproveitamento, que dignifica e que promove. Não é por acaso que as Câmaras Municipais se disponibilizam a colaborar, nomeadamente com a cedência de abrigo gigante, quando chove.

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O nosso povo, na sua sábia intuição continua a exercitar, com naturalidade, a paixão pelas tradições. Um legado assegurado, atendendo ao número de jovens que se envolvem e se deixam envolver. Três gerações de mão dada; numa cantiga solta ou num pé de dança! Momentos únicos de festa e alegria, aos Domingos, tarde fora, por todo o nosso Minho, onde há flores, pão e vinho, com gente fantática, alegre e feliz!

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Clique no link e assista:

https://www.youtube.com/watch?v=Zlw-NORK4Is

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