Em 2014 apareceu um conjunto de investidores que criou o Grupo “Alojamento Local.“ Pouco depois e por via das necessidades foi criada a Lei 128/2014 com o objetivo de o promover.

Conhecido internacionalmente como “home sharing,” chegou finalmente a Portugal, em força e com a energia necessária para o desenvolvimento de um negócio de futuro.

Na verdade, os investidores, conhecendo esta prática já explorada fora do nosso país, fundamentalmente por pessoas reformadas ou com poucas capacidades económicas, acabou por  ser experimentada em Portugal com grande sucesso.

Mediante essa situação, os governantes começaram a afiar os dentes.

Afinal tal sucesso deve-se ao facto de termos todas as melhores condições para receber turistas de todo o mundo.

• Clima temperado;
• Simpatia popular e com ordenados paupérrimos;
• Boa comida e;
• Um país lindo de morrer.

Com todas essas caraterísticas, aconteceu o “Boom” da indústria hoteleira, principal responsável pela baixa do desemprego, de momento, no nosso país.

Este negócio veio despertar muitos outros:

1. Lavandarias;
2. Construção civil;
3. Restauração e artesanato;
4. Museus e artes plásticas;
5. Música e artes do espetáculo, etc

Em suma, a indústria turística desenvolveu-se como nunca.

Só que à custa de outros sacrifícios como o agravamento do valor das habitações nos locais mais apropriados.

E quais são esses locais?

Inicialmente, o centro das cidades mais apetecíveis turisticamente e mais tarde, outros espaços relativamente próximos.

Isso veio recuperar a maioria das zonas degradadas há vários anos e transforma-las  em “Alojamentos Locais” ou negócios relacionados com o turismo.

O reverso da medalha foi o facto dos moradores dessas zonas, ficarem sem casas e os responsáveis pela governação não se preocuparem em salvaguardar devidamente a situação, pois trata-se na generalidade de pessoas muito pobres, sem capacidade para pagar qualquer aluguer mais elevado.

Perante tal oportunidade, os nossos governantes resolvem corrigir os erros habitacionais de há muitos anos. Atacam os investidores em turismo sem qualquer contemplação e sem se aperceberem da destruição deste milagre.

Será mesmo a resolução mais apropriada para o problema habitacional?

Por favor, ponderem as atitudes ou desta vez podem provocar o prejuízo mais elevado de sempre.