Ter acesso a um relógio de bolso, com uma bonita corrente e de preferência com o nosso nome, ou as iniciais gravadas, é um luxo.

Uma foto do meu avô paterno apresenta-o, com a mão direita no bolso do colete onde estava o tal relógio. O relógio marca as horas, e estas alertam-nos para a passagem do tempo. Como se o tempo tivesse um princípio e um fim, não tem!

Os dias sim, têm um amanhecer, entardecer e a noite. As pessoas nascem, vivem e morrem. Mas o tempo continua.

Os relógios de pêndulo, alheios aos nossos preciosismos de linguagem, repetem duas vezes o mesmo número de horas por dia.

Assim sendo, e respeitando as horas e o tempo de todas as pessoas, atrevo-me a propor uma ideia simples de concretizar.

É tudo uma questão de tempo/oportunidade!

Vou pedir, que na hora certa, do seu tempo  de campanha eleitoral, cada político exerca um  pouco de pragmatismo, dignidade, propostas e reformas de fundo exequíveis, em tempo útil.

Porque nós os velhos, os novos e  os outros já não queremos ouvir mais ataques pessoais.

Objectivamente já todos conhecemos os erros e desresponsabilização, de alguns que estiveram no poder, e não são poucos.

Também conhecemos, as intermináveis chamadas de atenção, e reprovação constantes de atitudes e comportamentos, de outros que pretendem dar a si próprios, uma imagem de moderação.

Depois conhecemos outros cuja  eventual seriedade, peca pela fraca observação da realidade, pouco compromisso e pragmatismo.

Também identificamos aqueles, que  estão sempre, na tentativa de entendimento, e de eventuais aprovações, das propostas de outros.

Sobretudo estamos cansados da  perda de tempo/horas com assuntos pessoais, de prédios e coisas da alçada da justiça e etc.

E assim vai a campanha eleitoral, dita pelos políticos, e feita pela comunicação social.

É chegada a hora, de aproveitar este precioso tempo, para interpelar as pessoas sobre as suas reais necessidades.

Elaborar propostas sociais relevantes e objectivas.

Beneficiar todos os portugueses, com um Serviço Nacional de Saúde de qualidade.

Respeitar professores, alunos e encarregados de educação, e implementar um sistema educativo eficaz.

Promover uma justiça célere e eficaz.

Perguntar aos portugueses jovens se querem emigrar?

Finalmente dizer aos candidatos, que o povo português, precisa de sentir verdade nas palavras e compromisso na acção.

Já bateram todas as horas certas, nos relógios das várias e necessitadas, comunidades sociais.

Falta a hora da verdade total, e não da ambiguidade.

Para a alienação, manipulação e arrogância institucional e política, já não há tempo nem hora marcada!

É o tempo de pensar!

É a hora de mudar!

Que a mudança, a responsabilidade o respeito pelos direitos, dos cidadãos portugueses, seja nesta hora!

Que ACONTEÇA no nosso tempo!