Editorial

É preciso um estudo
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Arlinda Rego Magalhães

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A palavra-chave dos políticos que fecha a porta à comunicação social!

Brilhante!

Revela interesse e vontade de solucionar o problema. O que nem sempre acontece.

Será legítimo perguntar, porque razão estes estudos, não estão já incluídos no orçamento da obra?

Ignorância minha, admito!

Em todo o caso, o dinheiro despendido nestes estudos, por vezes, bastava para iniciar a obra.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Estas tomadas de decisão, têm de apostar na proximidade e na eficácia.

Aos decisores exige-se, que sejam pragmáticos. Colocando o bem comum, (leia-se bem-estar das pessoas) em primeiro lugar.

Quantos monumentos, igrejas, casas antigas e senhoriais, moinhos de vento e de água, edifícios termais e fontes centenárias, entre outros edifícios, não poderiam ter sido reabilitadas e colocadas a render. (turismo, cenários para filmes de época e documentários, tertúlias etc.)?

Parte das verbas obtidas, seriam para continuar a recuperação dos imóveis ou jardins.

As verbas despendidas, em estudos demorados e independentes, os almoços, as muitas deslocações aos locais da intervenção, poderiam dar trabalho a muitos desempregados.

Acredito na recuperação de imóveis!

Detesto a reabilitação urbana em pladur, que transforma um T2 em T5 , com uma sala em “open space” e SEM elevador!

A sério? É que estas maravilhas, não servem a ninguém. Nem aos velhotes, que já não podem subir escadas, muito menos às cadeiras de rodas, que ainda não têm asas.

Os jovens também não as procuram! Porque levar compras, carrinho de bebé e o filho mais velho pela mão, é IMPOSSÍVEL!

Qual é a razão desconhecida, que impede a aposta, na recuperação real e gradual dos imóveis antigos?

Os estrangeiros que nos visitam, adoram ver as fotos antigas nas paredes.

O tear em madeira, a roca, o fuso, a dobadeira e até a canga e o carro de bois, são fotografados vezes sem conta.

Já para não falar dos coches e dos equídeos, bem tratados.

E os pipos e dornas em pinho ou madeira de carvalho, assim como as prensas de martelinhos e raladores manuais?

Os antigos lagares de vinho e de azeite, feitos de pedra, tudo isto, ainda existe!

E se nos centros das cidades, fosse mais complicado, o passeio em coches puxados por cavalos.

Nas aldeias, zonas florestais, ou semi-urbanas, ninguém se incomodaria com o adubo grátis, fornecido pelos verdadeiros protagonistas.

Se as pessoas usam o saco plástico para os dejectos do fiel amigo, as câmaras municipais, também poderiam estabelecer percursos, em zonas de terra batida, nas periferias das cidades.

Ao manter esses espaços sempre verdes, limpos e com a devida “adubação”. Seria outro espaço de atracção!

Tenho estado a pensar em sustentabilidade, preservação e respeito pelo património e meio ambiente.

Afinal é TUDO, o que nós temos! Respeitar as nossas ancestrais tradições e costumes é contar a nossa história na língua portuguesa.

A preservação do património, é o melhor cartão de visita de um país!

Nem é preciso fazer um estudo de mercado, de opinião, etc!

Digo eu!

Basta usar menos cimento, tijolo, pladur e plástico. E apostar nos trabalhos em pedra, em madeira, nas peças de louça de cerâmica, de barro e de vidro.

Será uma utopia? Sonhar com um Portugal orgulhoso da sua história?

Capaz de reconhecer os méritos e as capacidades dos portugueses!

E sobretudo com seriedade e serenidade manter a sua juventude no país!

Ou será também necessário um “estudo”, já agora em inglês, para promover e valorizar os nossos formadores e formandos?

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