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Germano Amorim, Presidente da Federação dos Bombeiros de Viana do Castelo acusa INEM de perseguição aos Bombeiros do Distrito

O Presidente da Federação denuncia que os bombeiros têm sido alvo de perseguição do INEM a partir do momento em que muitas associações do distrito decidiram reclamar o pagamento de valores que entendem justos e adequados para as milhares de missões que desempenham em favor deste Instituto.

“Nós temos como foco as pessoas e a resolução concreta dos seus problemas em cenários de necessidade de pré emergência hospitalar e por isso em situação de fragilidade. Estas pessoas dependem dos bombeiros e da nossa acção que cobre praticamente 90% dos serviços efectuados diária e  ininterruptamente. No ano transacto realizamos 25206 serviços em todo o distrito! Acudimos assim 25206 cidadãos em estado de vulnerabilidade e carentes de cuidados médicos urgentes, assumidos 24 horas por dia pelos bombeiros. Os poucos, ainda que excelentes trabalhadores do INEM, não podem e não têm os meios adequados para fazer mais.”

“Portanto, o INEM somos nós, Bombeiros” – reconhece Germano Amorim para logo acrescentar que “O socorro é entregue aos Bombeiros mas em claro estado de subfinanciamento. Os valores pagos não são suficientes para fazer face às despesas que crescem num cenário de baixa de voluntariado e aumento de preços em tudo o que é necessário para garantir o serviço”.

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O Presidente da Federação do Alto Minho defende que “Temos feito um esforço hercúleo para contratar cada vez mais profissionais e adquirirmos mais viaturas de qualidade de forma a atendermos condignamente as pessoas e garantirmos um serviço humanizado. As pessoas dependem de nós e em troca, o INEM paga mal e muitas vezes tarde, não financia devidamente a sua actividade, nem garante atempadamente a renovação do seu próprio parque automóvel, definindo regras, que muitas vezes se mudam a meio do trajecto, insistindo em acções inspectivas surpresa às portas dos hospitais!”

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Germano Amorim considera este comportamento de “escandaloso” e “ser uma afronta não aos bombeiros, mas sim à comunidade”. O dirigente sustenta que não estão contra a inspecção, mas sim contra “o espectáculo montado e a arbitrariedade dos actos em pleno serviço que podem comprometer a própria vida das pessoas”.

A situação, alerta, é preocupante. “As ambulâncias são fundamentais em retorno e não devem estar paradas às portas dos hospitais para serem submetidas a inspecções fiscalizadoras. O INEM sabe onde são os nossos quartéis e é assim intolerável este triste espectáculo de demonstração de coercividade e de força abusiva. Mais grave ainda porque entendemos que é uma manobra intimidatória face à posição recente de exigirmos o pagamento adequado a fim de se garantir a sustentabilidade económica do sistema assente nos do costume.”  E deixa um recado: “Fica porém a mensagem que através destes actos não nos intimidam em nada e iremos até ao fim para garantir o socorro às pessoas.”

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Germano Amorim desafia que impugnarão administrativa e judicialmente todos os autos de contra ordenação que daí possam advir e “exigiremos os pagamentos que nos são devidos nem que seja judicialmente”. “As Associações são pessoas colectivas privadas que prosseguem o interesse público e com esse estatuto de utilidade pública devidamente reconhecido e assim continuaremos” – observa. Visivelmente indignado frisa que “Dúvidas já persistem da necessidade de continuação do próprio INEM que devia ser absorvido pela própria Autoridade Nacional de EMERGÊNCIA e Protecção Civil, já que a sua actuação assenta em 90% na protecção civil, que somos nós, Bombeiros”, pelo que, no seu entender, “Não nos calarão e não temos qualquer receio. Vivemos num estado de direito e enquanto assim for, estaremos cá para defender os cidadãos, como tem sido há mais de um século”. O presidente da Federação dos Bombeiros do Alto Minho aponta outra necessidade: “Conforme já por nós proposto em várias sedes, têm de ser urgentemente criadas as Equipas de Intervenção Permanente de Emergência Pré-Hospitalar (EIPPHP) repartindo-se os custos entre INEM e municípios, tal como o modelo existente na protecção civil”. E justifica que “esse modelo devia ser já assegurado pela ANEPC e já não pelo INEM, ficando a gestão entregue às Associações ou aos Municípios, no caso dos sapadores.”

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