Editorial

Telecomunicações com graves problemas
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Jorge VER de Melo

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Quando existe algo errado com a empresa que lhe fornece as telecomunicações, vai ter que reclamar. Aí nasce um grande problema.

Imediatamente a pessoa que o atendeu propõe a resolução de todos os erros. Faz um intervalo de tempo dando a sensação de que foi verificar e de seguida informa-o de que tudo será resolvido mas têm que elaborar um novo contrato.

No final do mês, para seu espanto, verificará que não só não lhe resolveram os problemas como também lhe provocaram mais alguns.

Assim a história repete-se sucessivamente e quando você atinge a saturação, resolve aguentar até ao final do contrato que será longo. Nessa altura, passados dois anos, alguém lhe telefona a propor um novo contrato imperdível e você cai novamente na esparrela sem ter a quem recorrer porque a estratégia é dirigir sempre as reclamações de incumprimento ou de abuso de confiança para os mesmos funcionários que lhe continuarão a fazer a vida negra.

A única solução é ler com muito cuidado o contrato que está a assinar, mas para isso adia a conclusão do documento no estabelecimento onde foi atendido alegando querer analisa-lo atentamente e mais tarde o entregará finalmente na loja.

Mesmo assim, depois de o entregar regularizado, ao fim de dez dias, pede um extrato da sua fatura até aquele momento, isto porque você apenas tem 14 dias para desistir do que assinou. Se naqueles dias eles mencionaram algum serviço que não estava nas suas intenções, pode desistir.

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Para que isso funcione mais corretamente perante a justiça, deve enviar-lhes uma carta registada com aviso de receção a comunicar a oficialização da desistencia.

Alguém vai assinar a receção e ficar implicado no processo.

Existem outros métodos mais seguros, por exemplo, dividir o seu contrato em vários contratos ou packs. Cada um, como é independente do outro dá-lhe o direito de alegar falta de condições económicas para continuar com aquele contrato e assim vê-se  livre do imbróglio em que o queriam envolver.

Claro que nem todos os funcionários alinham nessas atitudes, mas …

Estamos cercados por pessoas que pretendem defender o seu emprego com um máximo número de contratos ou vendas sem olhar a meios.

Por outro lado, as empresas apenas procuram lucros pensando nos objetivos do volume pretendido na faturação. E assim criam um circuito fechado onde o cliente não tem um responsável que o atenda e tente compreender sequer o que levou aquela família a protestar qualquer mal entendido.

Mas isto acontece tanto nos estabelecimentos, como por email ou por via telefónica.  Nesta, mesmo que a culpa ou a avaria sejam provocados pela empresa fornecedora, o cliente tem sempre uma chamada a pagar e o assunto fica por resolver.

Raramente, depois de muita insistência e ameaças, lá se consegue um novo contrato mais justo e com algumas correções, isto porque os erros cometidos, até os mais patéticos e improváveis nunca são corrigidos num mesmo contrato.

Os próprios responsáveis fiscais das telecomunicações querem acabar com este tipo de contratos, mas as empresas distribuidoras parecem ter mais influência no país do que o Parlamento ou os Governantes.

Com as fornecedoras de energia acontece mais ou menos o mesmo.

Vão agravando supostas contagens de energia e depois, quando o disparate é exagerado, vão á nossa casa e substituem o contador em lugar de devolverem o dinheiro pago pelo exagero das contagens.

Quanto a reclamações, os problemas funcionam de forma muto idêntica aos das telecomunicações, ninguém para analisar o sucedido.

Por experiência própria apenas podemos salvaguardar a EDP, até ao momento.

Bem sabemos que os nossos deputados andam muito baralhados e ocupados com os problemas que o presente Governo tem causado ao pais, também calculamos que os nossos ministros andem com muita dificuldade a tentar justificar as asneiras cometidas com o dinheiro de todos nós. Por isso não conseguem resolver questões como estas.

Assobiar para o lado não resolve nem nunca resolveu nada a ninguém.

Portanto, pensamos que o Provedor de Justiça ou qualquer entidade Administrativa relacionada com estes assuntos, poderá ir encontrando soluções justas até que surjam as Lei que já tardam.

Senhores Legisladores, lembrem-se que os prejudicados são apenas os cidadãos comuns, mas amanhã será também convosco porque em Democracia estas coisas podem mudar!…

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