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Tempos ‘horribilis’ para Augusto Marinho em Ponte da Barca

Mês horribilis para o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca. O desgaste pelo arrastar da não resolução da Igreja de Lavradas em que o anterior Bispo o responsabilizou pelo impassse, as baixas recentes de dois quadros no seio do município que foram apostas suas e  as crescentes, contundentes e indesmentíveis críticas da oposição socialista são as suas principais preocupações.

O ambiente no Alto Minho já conheceu melhores dias para os social democratas e correm rumores de uma alegada sondagem que aponta para a perda de uma Câmara. Mas também o PS tem em risco duas autarquias tidas como emblemáticas.

BAIXAS DE PESO NA BARCA

Augusto Marinho perdeu, há cerca de um mês, a pessoa responsável pelo sector financeiro, o que poderá ter estado na origem de ainda não haver orçamento. Perante o silêncio do autarca aos nossos sucessivos apelos, Alfredo Oliveira, vice-presidente da autarquia e presidente da Concelhia do PSD, confirmou-nos a saída daquela responsável que «estando em regime de mobilidade, e tendo concorrido para o ICNF que fica mais perto de casa (Braga), aproveitou a oportunidade e o Eng. Filipe pretendia regressar à vida profissional.”. Quanto a Filipe Rocha, chefe de gabinete do presidente, confessou ao MINHO DIGITAL que «estava cansado da política e pretendia regressar à sua actividade profissional». No entanto, segundo apurámos, não se demitiu da Junta de Freguesia de Azias para onde foi eleito nas últimas autárquicas.

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PEDRO LOBO ARRASA MARINHO

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Entretanto, os vereadores socialistas barquenses, em reunião da Câmara Municipal realizada na 4ª feira, apresentaram uma recomendação, considerando que o concelho vive uma situação de «inaceitável falta de limpeza das ruas e recolha de lixo, que põe em causa a qualidade de vida e a saúde pública de quem vive em Ponte da Barca, aqui trabalha, tem os seus estabelecimentos comerciais ou visita o nosso concelho», para quem «nos últimos 6 anos existiu falta de investimento nos serviços municipais, particularmente nos sectores operacionais, como é o caso da limpeza, higiene urbana e manutenção».

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Admitiu que o presidente Augusto Marinho poderá afirmar que o Executivo do PSD «tem lançado concursos para assistentes operacionais… mas analisemos a crua realidade».

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E levantou de imediato duas questões: Quantos novos funcionários estão, efectivamente, na realidade, a desempenhar os serviços inerentes à categoria de assistentes operacionais? Quantos varrem, limpam as ruas ou cuidam dos jardins do nosso concelho?

«Sejamos verdadeiros, aquilo que todos constatamos é uma autêntica fraude. Em vez da contratação dos indispensáveis assistentes operacionais, com a escolaridade básica, multiplicou-se a contratação de licenciados – que deveriam ser submetidos a um obrigatório concurso de admissão para técnicos superiores, mas que entram na Câmara Municipal de Ponte da Barca pela porta dos fundos dos “assistentes operacionais”. Como sabem, nunca tiveram prometido esse destino»

Entretanto, segundo o ex-candidato à Câmara Municipal pelo PS,  «degradam-se as condições de trabalho, um esgotamento dos trabalhadores nas áreas operacionais, existindo uma ruptura na capacidade dos vários serviços, com maior visibilidade pública para o serviço de varredura e limpeza das ruas e da manutenção de jardins, praças, equipamentos e espaços públicos».

E citou exemplificou: «Ainda ontem, com alerta de risco de cheias e inundações onde se encontrava um piquete para limpeza de sarjetas e das grelhas de escoamento. Em redor das Escolas era só água. A passadeira de acesso ao Pavilhão Municipal, uma cascata. No dia de hoje as sarjetas continuam entupidas com folhas e galhos…»

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Para Pedro Sousa Lobo «Infelizmente, não foram adoptadas as medidas preventivas para a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas», situações estas que «precisam de uma intervenção urgente, garantindo serviços públicos de qualidade e um Município mais limpo e mais decente».

 

RECOMENDAÇÃO

Os Vereadores do Partido Socialista aconselham a equipa de Marinho a que «diligencie no sentido de proceder à contratação de assistentes operacionais (verdadeiros!) e à aquisição de novos equipamentos adequados para uma efectiva e eficaz recolha dos resíduos, varrimento, limpeza e lavagem das nossas ruas e espaços públicos, bem como para manutenção dos nossos jardins», concluindo com novo apelo: «Elabore um plano municipal de gestão de resíduos e de manutenção que garanta um serviço público de qualidade e um concelho mais limpo».

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